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Notícia

02 Jul, 2015

Ideologia de gênero: pervertida instrução sexual

IDEOLOGIA DE GÊNERO: PERVERTIDA INSTRUÇÃO SEXUAL

 

Diante da sorrateira fobia governamental em implantar a qualquer custo a IG  (Ideologia de Gênero) na educação, a estratégia atual é partir dos planos de educação municipais. O que não conseguiu a partir de cima com o Plano Nacional de Educação,  pretende a partir de baixo através dos municípios. ¹ Para efeito de esclarecimentos aos tantos irmãos e irmãs que a mim têm recorrido,  através dos diversos meios de comunicação,  solicitando esclarecimentos do que se trata da assim denominada  “Ideologia de Gênero”, vejo-me no dever de atendê-los. A Ideologia de Gênero expressivamente em nosso tempo integra a Revolução Sexual que remonta os anos do século 19 e 20. Pensadores representantes da progressiva esquerda tradicional do período contemporâneo,  dentre os quais Karl Marx, Herbert Marcuse, Wihelm Reich, marcaram significante impacto com suas teorias a respeito da sexualidade humana. Certamente que devemos considerar a influência do iluminismo francês que exerceu respaldo teórico libertário também às questões voltadas para a sexualidade.  Na esteira da Revolução sexual  presente no processo histórico e social é que podemos inserir a Ideologia de Gênero como uma nova corrente.  Ela não é formada espontaneamente do nada em nossa atualidade, mas vem se processando no decorrer da modernidade.  Por ocasião da acirrada tentativa em implantá-la  no Plano  Nacional de Educação,  um grande clamor ressoou contra a instrumentalização do Plano, um grito que deu resultado positivo, em parte graças às confissões religiosas e a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Interpretamos a Ideologia de Gênero como uma forte e sutil tendência impositiva que valendo-se de suas idéias-forças investe incansavelmente na sociedade e nas pessoas no sentido de eliminar a concepção que os seres humanos são colocados no mundo como homem e mulher, que se apresentam  com sexualidade naturalmente definida, ou seja,  a IG rejeita que as pessoas se apresentem em dois sexos: masculino e feminino. Tal ideologia insiste em defender a teoria que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma condição naturalmente estabelecida, mas são produtos condicionados ao tempo e ao espaço, condicionados a uma determinada cultura ou época. Nesse aspecto ser homem ou mulher trata-se de algo meramente convencional e não natural, de forma que cada um pode criar-se a sí próprio com o sexo que desejar. Essa ideologia um tanto artificial e subjetiva nega a corporeidade, deturpa a base da antropológica cristã, procurando atuar com determinada militância na desconstrução da família, descartando assim o matrimônio como algo naturalmente salutar. A ação é minar a família, que para nós fiéis  é a instituição que melhor capacita as pessoas a integrarem-se socialmente de forma respeitosa, dignificante e humanizante.

A campanha favorável à essa ideologia é internacional e ampla em cada nação, é sintomático vermos e ouvirmos pelos nosso meios de comunicação o investimento político, econômico e artístico em favor da mesma. Nos confrontamos com tal ideologia em nossos projetos políticos, em nossa literatura, em nossas redes sociais, na internet, em nossas obra cinematográficas, em nossas novelas, sobretudo as transmitidas pela rede globo de TV. Trata-se de uma campanha financiada por não poucos recursos nacionais e internacionais que mantem grupos organizados para essa finalidade. Tudo isso invade nossas famílias e centros educativos de forma sorrateira. Os defensores da ideologia em questão, substituem a palavra sexo pela palavra gênero. A substituição não se trata de um sinônimo, mas de um vocábulo novo na plataforma da revolução sexual, viável para implantar nas mentes e nos costumes conceitos e práticas revolucionárias não para a evolução do ser humano, mas para a sua profunda degradação.

No bojo da IG  encontramos a defesa da “livre escolha na reprodução”, eufemismo utilizado pelos defensores da IG para se referir ao aborto provocado. Os defensores da IG são promotores da homossexualidade, da bissexualidade e de todas as formas de prática sexual. Desejam introduzir essa ideologia valendo-se do termo “saúde reprodutiva”, concebendo o aborto como uma questão de saúde pública. A militância desses defensores procuram  justificar seu empenho através de artimanhas de palavras como luta contra “a discriminação e o preconceito”. Sob o pretexto da evolução da ordem democrática desejam impor a ditadura do relativismo moral. Para a IG, a família naturalmente concebida, pai, mãe e filhos é apenas um estereótipo de publicidade; que os gêneros masculino e feminino são uma abstração; que obras literárias, cinematográficas, televisivas, teatrais etc. em que os protagonistas são heterossexuais são definidas como obras homofóbicas, uma injusta descriminação e violento preconceito, e por aí vai.

Ainda no bojo da IG é que devemos considerar os recentes acontecimentos:  a “parada gay 2015” realizada na Av. Paulista, na cidade de São Paulo-SP. Foram registradas manifestações de desrespeito, de profanação, à consciência religiosa de nosso povo e a símbolos da fé cristã. O que acontecera neste evento, financiado por poderosas empresas estatais e por recursos do poder público conforme anúncios publicitários apresentados em faixas, não poderíamos considerar atos de descriminação e preconceito em relação à fé cristã? ²  Ainda mais recente, a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos da América que aprovou a legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo  (26/06/2015). Em seu discurso favorável à decisão, destacamos algumas declarações de Barack Obama: “não importa quem você é ou quem você ama, América é um lugar onde você pode escrever seu próprio destino; é um grande passo no caminho em direção à igualdade; o progresso no caminho vem frequentemente em pequenos passos”.

Os escritos aqui apresentados são para nossa reflexão. Que futuro queremos para o nosso povo? O que desejamos para nossas famílias? O que desejamos para nossas crianças? O que sonhamos para uma verdadeira ordem democrática no Brasil?

Aproveito o ensejo para manifestar os meus cumprimentos aos honrados vereadores da Câmara Municipal de Assis-SP,  que após estudos, aprovaram um Plano Educacional para a cidade isento da perversa Ideologia de Gênero. Políticos dignos, pessoas de tal calibre, é que precisamos para o nosso país acertar o rumo. Guardem a fé, que Deus os abençoe.

 

EM CRISTO JESUS, PAZ E ESPERANÇA!

 

DOM SIMÃO

 

1.      1- Remeto o leitor à leitura da NOTA SOBRE A IDEOLOGIA DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO,  lançada pelos bispos do Estado de São Paulo reunidos em Assembléia Ordinária do Regional Sul 1 – CNBB realizada na cidade de Aparecida – SP em 11 de junho de 2015. A nota encontra-se publicada no site do Regional Sul 1 – CNBB e também publicada no site e no facebook da Diocese de Assis-SP.

2.      2- Remeto o leitor à leitura da MENSAGEM AOS CATÓLICOS E A TODOS OS CIDADÃOS, lançada pelos bispos do Estado de São Paulo reunidos em Assembléia Ordinária do Regional Sul 1 – CNBB realizada na cidade de Aparecida – SP em 11 de junho de 2015. A mensagem encontra-se publicada no site do Regional Sul 1 – CNBB e também publicada no site e no facebook da Diocese de Assis-SP.

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