Escuta FM

Notícia

29 Abr, 2014

52ª assembléia geral dos bispos do brasil

 

 

Textos sobre renovação paroquial e questão agrária são apresentados aos bispos do Brasil

A Comissão Episcopal para o Tema Central da52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, presidida pelo arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Castriani, apresentou hoje, pela manhã, a nova versão do Estudo 104 da CNBB, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. A discussão sobre o texto teve início na 51ª Assembleia da CNBB, em 2013. O texto foi enviado aos regionais e dioceses para que refletissem e enviassem suas contribuições, colaborando, assim, para uma nova versão. Durante a explanação, a comissão falou sobre a recepção do Estudo 104 da CNBB, o processo da redação, a metodologia e delimitação, e, por fim, a estrutura e o conteúdo do novo texto.

Segundo dados da Comissão, metade dos regionais da CNBB e 70 circunscrições eclesiásticas enviaram contribuições. Agora, o texto passa por nova avaliação e, se aprovado, será publicado como documento da Conferência. Na ocasião, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, destacou a dedicação e o esforço da comissão na produção do texto.

Questão agráriaTambém esteve em pauta, na sessão da manhã, a questão agrária no país. Uma comissão, designada pela presidência da CNBB, e presidida pelo arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Itamar Vian, expôs uma proposta de texto sobre o assunto, também já discutido na assembleia do ano passado e enviado aos bispos para reflexão e contribuições. A partir das sugestões, o texto foi reformulado e agora é discutido pelos bispos do Brasil. “O texto pode nos ajudar muito a orientar nossas atividades. Sabemos que muitos irmãos vivem em realidades de grandes conflitos”, disse dom Leonardo.

 

 

 

 

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidiu a celebração eucarística de abertura da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Em torno do altar central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), os bispos e assessores rezaram pelos trabalhos da Assembleia, que começa hoje e se estende até o dia 9 de maio.

 Na homilia, o cardeal lembrou que a Assembleia tem a marca da alegria das recentes canonizações de São João XXIII,  São João Paulo II e, especialmente, do Apóstolo do Brasil, São José de Anchieta. “A santidade é uma vocação universal e as canonizações são um estímulo para nós, pois nos apresentam um modelo de vida cristã”, declarou dom Raymundo.

A partir da liturgia do dia, o cardeal recordou que a razão da alegria cristã foi a plenitude da revelação em Jesus Cristo: “Deus é amor”. “É esta a mensagem que os cristãos devem anunciar hoje no mundo”. Ele também destacou os principais temas que estão na pauta da Assembleia, como a renovação das paróquias e a atuação dos leigos. “A Igreja no Brasil quer, à luz dos 50 anos do Concílio, avaliar e apoiar a atuação e vocação dos leigos e leigas, na Igreja e na sociedade brasileira”.

Dom Raymundo também destacou a reflexão sobre a questão agrária, um tema relevante que está na pauta dos trabalhos. O episcopado deverá ser divulgado um documento específico sobre o tema. “Será uma forma de iluminar essa questão tão atual à luz do Evangelho e do ensinamento social da Igreja”. Por fim, o cardeal pediu a oração de todos os fiéis pelos trabalhos da Assembleia.

Confira, na íntegra, a homilia do cardeal Raymundo Damasceno Assis:

Neste primeiro ato solene de nossa 52a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acolho neste Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a todos: os Srs. Cardeais, Arcebispos, Bispos, administradores diocesanos, presbíteros, consagrados e leigos. Acolho, de modo particular, em nome de todos, o Sr. Núncio Apostólico, Dom Giovanni Aniello, cuja presença é um sinal de nossa comunhão com o Papa Francisco. Acolho os queridos fiéis da Arquidiocese de Aparecida aqui presentes e os caríssimos Romeiros e Romeiras, vindos de diversas partes do Brasil. Saúdo e agradeço os profissionais de Comunicação, aqui presentes, que dão ao povo de Deus, em todo o Brasil, a oportunidade de acompanhar a cada dia o desenvolvimento dessa Assembleia Geral. Um cumprimento também ao Mons. Piergiorgio Bertoldi, Conselheiro da Nunciatura Apostólica no Brasil.

1 – Uma marca especial desta 52ª Assembleia Geral da CNBB é a alegria da santidade, causada pelas Canonizações deste último domingo, de S. João XXIII e S. João Paulo II, e pela Canonização de S. José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, dia 03 de abril passado. A santidade é uma vocação universal. As canonizações são um estímulo para nós, porque nos oferecem modelos concretos de santidade e intercessores na comunhão do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja.

2 - Nesta quarta feira da segunda semana do Tempo Pascal, o santo Evangelho faz ressoar em nosso coração estas palavras que podem ser consideradas como que uma síntese de toda a mensagem cristã: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Ao final de seu evangelho, retomando o significado dessa afirmação, S. João afirma que as coisas que escreveu foram escritas para que creiamos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhamos a vida em seu nome (cf. Jo 20,31). Crer no amor de Deus, este é o convite. E isto é possível, porque seu Filho nos revelou a plenitude do amor, vindo a este mundo e dando por nós sua vida. Assim Ele nos deu a conhecer que Deus é amor, é dom total, e que nós podemos depositar nEle toda a nossa confiança e entregar-lhe nossa vida, pois Ele nos ama incondicionalmente. Esta é a razão da alegria cristã, e este é também o motivo que nos faz partilhar a fé, por meio da evangelização, certos de que evangelizando, damos a todos a possibilidade de encontrar a plena realização de suas vidas, na comunhão com Jesus Cristo.

Como que comentando este texto, o Papa Francisco interroga, na Exortação apostólica Evangelii Gaudium: “se alguém acolheu o amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?” (EG, 8). E acrescenta: “aqui está a fonte da ação evangelizadora” (Ibid.). Assim ele reconduz a multiplicidade das ações realizadas pela Igreja em sua missão evangelizadora à unidade fundamental, à fonte da qual tudo brota, ao sentido mais originário que é a experiência de ser amado de modo absoluto e de poder amar de modo total. A experiência da fé é uma experiência de amor sem limites. A evangelização é a partilha desse amor.

A primeira leitura nos mostra que os apóstolos após a libertação milagrosa da prisão, nas primeiras horas do dia, já estavam no templo evangelizando, como o anjo do Senhor lhes dissera. Nada consegue impedir que o Evangelho seja anunciado, porque nada consegue calar o verdadeiro amor. Anunciando ao povo “toda a mensagem a respeito desta Vida” (At 5,20), os apóstolos obedecem a um imperativo que lhes vem, ao mesmo tempo, da Palavra de Deus e do mais profundo de sua experiência de pessoas transformadas pelo encontro com o amor de Deus em Jesus Cristo.

3. Entre os vários temas que trataremos nesta Assembleia, o tema central é a renovação paroquial. Discutiremos uma vez mais o projeto de documento “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, agora enriquecido pelas contribuições que vieram de muitas Paróquias, Dioceses, Regionais e também de pessoas que, individualmente ou pequenos grupos, procuraram refletir sobre o tema. Renovar as paróquias, favorecendo que elas tenham as feições de comunidades, é mantê-las precisamente no centro da experiência cristã. Ser comunidade é viver a fé na forma do amor fraterno. E este é o apoio de que todos necessitamos para viver a missão de anunciar o Evangelho com alegria e entusiasmo. O Papa Francisco nos ofereceu uma orientação ao dizer que a renovação das paróquias tem por objetivo torna-las ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de comunhão e participação e orientá-las completamente para a missão (cf. EG, 28).Entre os temas prioritários estão os fiéis leigos e leigas. Também a respeito dos leigos e leigas, queremos recordar uma afirmação do Papa Francisco: “A imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos. Ao seu serviço, está uma minoria: os ministros ordenados. Cresceu a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja. [...] A formação dos leigos e a evangelização das categorias profissionais e intelectuais constituem um importante desafio pastoral” (EG, 102). A Igreja no Brasil quer, à luz dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, avaliar o caminho dos leigos e leigas e apoiá-los para avançar no exercício de sua vocação e missão na Igreja e na sociedade Brasileira.

Outro tema que figura entre os prioritários é a discussão de um documento sobre a questão agrária no século XXI. Será a palavra dos Bispos, de pastores, sobre um tema que tem implicações profundas na sociedade brasileiro e na vida dos pobres.

4. Queridos irmãos e irmãs, a todos peço que se unam a nós neste dia de Assembleia pela oração e pelo oferecimento das pequenas ações que semeiem a bondade e paz neste mundo. Assim, nossa Assembleia, com a graça de Deus, poderá mais eficazmente atingir o objetivo proposto nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: “evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (cf. Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo” (DGAE, objetivo Geral).

Confiamos nossos trabalhos à Virgem Mãe Aparecida, em cujo santuário estaremos reunidos todos os dias desta Assembleia para a Eucaristia e em cujo recinto se desenvolverá nosso encontro de Pastores, tendo os olhos fixos em Jesus o Bom Pastor.

Cardeal Raymundo Damasceno AssisArcebispo de Aparecida – SPPresidente da CNBB

 

Dom Simão na Missa em Aparecida/SP, por ocasião da 52ª Assembléia Geral

 

 

A 52ª AG tem início hoje, 30, e prosseguirá até o dia 9 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). O tema central que será debatido pelos bispos será a renovação paroquial, que deu origem ao estudo 104 da CNBB: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Além do tema central, serão debatidos temas  como o papel do cristão leigo, a questão agrária, entre outros.  A pauta conta também com retiro, reuniões e celebrações especiais.    

Dentro dos temas diversos, haverá análises de conjuntura político-social e eclesial; a preparação para a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que debaterá os novos desafios da família para a nova evangelização; a exortação sobre a nova evangelização, do papa Francisco; a avaliação e encaminhamento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) de 2015 a 2018; as consequências e desafios pastorais da Jornada Mundial da Juventude. Os Regionais da CNBB e a Amazônia também estão na pauta da AG.

Nos dias da Assembleia haverá reuniões dos Conselhos Episcopais dos Regionais e dos bispos referenciais. Outros momentos estão reservados para comunicações das Comissões Episcopais, dos organismos do povo de Deus, do grupo de trabalho sobre o Concílio Vaticano II e das dioceses. Os desdobramentos e aplicações do acordo do Brasil com a Santa Sé, a administração do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, a fala do presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a situação dos indígenas no Brasil, a Pastoral do Dízimo e os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida fazem parte das comunicações. Nos dias 3 e 4 de maio, os bispos realizarão retiro com o tema “Caminhando na fé”.

No dia 1º de maio, às 20h30, haverá a entrega dos Prêmios de Comunicação, no Auditório da TV Aparecida. No dia 4 de maio, às 8 horas, os bispos celebrarão missa solene, no Santuário de Aparecida, em honra a São José de Anchieta, o “Apóstolo do Brasil”, canonizado no último dia 3 pelo papa Francisco. No dia 6, os bispos participarão de uma celebração ecumênica, no Centro de Eventos.

Serão divulgadas, ainda, mensagens pelo Dia dos Trabalhadores e sobre as eleições.

Durante a semana, haverá entrevistas coletivas diárias, às 15 horas, a respeito dos temas tratados pelo episcopado.

Hoje, no primeiro dia de assembleia, os arcebispos de Manaus (AM), dom Sérgio Castriani;  de Salvador (BA), dom Murilo Krieger; e de Brasília, dom Sérgio da Rocha, concedem entrevista coletiva. 

A CNBB e as AGs

A CNBB se reúne em assembleia desde 1953, um ano após sua fundação. Nas primeiras décadas, o encontro não era realizado anualmente e nem no mesmo lugar. Só passou a ter um lugar fixo e com periodicidade firme anual, a partir de 1977 quando os bispos se reuniam em Itaici, município de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Desde 2011, a cidade de Aparecida (SP) acolhe a AG da CNBB, anteriormente, em 1967, Aparecida recebeu 8ª edição do evento.

A colegialidade na instituição se estrutura em primeiro lugar, pela Assembleia Geral (AG), que conta com a participação de todos os bispos. As decisões da AG são remetidas ao Conselho Permanente (CP), formado pelos conselhos dos 18 regionais e pelos presidentes das 12 comissões episcopais pastorais e para o Conselho Episcopal Pastoral (Consep), composto pelos presidentes das comissões. Em segundo lugar, a presidência da CNBB se responsabiliza pela execução das ações e o monitoramento das decisões da AG e dos Conselhos.

Atualmente, a CNBB conta com cinco cardeais, 44 arcebispos e 264 bispos na ativa, além de 155 bispos eméritos. A Conferência está dividida em 18 regionais, sendo 44 arquidioceses, 215 dioceses, 3 eparquias, 8 prelazias, 1 exarcado, 1 ordinariado para fiéis de rito oriental sem ordinário próprio, 1 ordinariado militar e 1 administração apostólica pessoal.

 

 

A 52ª Assembleia Geral (AG) dos Bispos do Brasil começa no próximo dia 30 e a preparação para o maior encontro episcopal do ano, que reúne mais de 300 bispos de todo Brasil, chega em sua reta final. No encontro, que prosseguirá até 9 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), serão debatidos sete temas prioritários, dez temas diversos e o tema central “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. A pauta conta também com retiro, reuniões, celebrações especiais e comunicações.

 Na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), do qual participam os presidentes das doze comissões episcopais pastorais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a presidência da entidade, a preparação da AG teve destaque.

O  arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, elencou os principais assuntos que serão tratados. “Durante o evento, os bispos irão refletir sobre temas importantes como a renovação paroquial. Depois nós vamos também iniciar uma reflexão sobre os cristãos leigos na Igreja e na sociedade. Teremos um tema a ser aprovado sobre a questão agrária, assim como um documento sobre a realidade nacional, referente à situação atual, num momento que estamos nos aproximando das eleições”, disse o cardeal.

Dentro dos temas diversos, haverá análises de conjuntura político-social e eclesial; a preparação para a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que debaterá os novos desafios da família para a nova evangelização; a exortação sobre a nova evangelização, do Papa Francisco; a avaliação e encaminhamento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) de 2015 a 2018; as consequências e desafios pastorais da Jornada Mundial da Juventude. Os Regionais da CNBB e a Amazônia também estão na pauta da AG.

Nos dias da Assembleia haverá reuniões dos Conselhos Episcopais dos Regionais e dos bispos referenciais. Outros momentos estão reservados para comunicações das Comissões Episcopais, dos organismos do povo de Deus, do grupo de trabalho sobre o Concílio Vaticano II e das dioceses. Os desdobramentos e aplicações do acordo do Brasil com a Santa Sé, a administração do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, a fala do presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a situação dos indígenas no Brasil, a Pastoral do Dízimo e os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida fazem parte das comunicações.

Os bispos são convocados para a Assembleia Geral de acordo com as disposições regimentais da CNBB. A participação dos bispos eméritos não é obrigatória, mas eles são convidados para partilhar suas experiências, como destacou o subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, padre Francisco Wloch. “Os bispos eméritos são numerosos no Brasil e dão uma rica contribuição para a Assembleia, o que ajuda muito na caminhada da Igreja do Brasil”, disse o padre.

Programação

Algumas atividades já têm data definida no calendário da 52ª AG. No dia 1º de maio, às 20h30, haverá a entrega dos Prêmios de Comunicação, no Auditório da TV Aparecida. No dia 4 de maio, às 8 horas, os bispos celebrarão missa solene, no Santuário de Aparecida,  em honra a São José de Anchieta, o “Apóstolo do Brasil”, canonizado no último dia 3 pelo papa Francisco.

Haverá, ainda, o retiro dos bispos, no dia 3, com o tema “Caminhando na Fé”. O pregador este ano será o arcebispo de Chieti, em Vasto (Itália), dom Bruno Forte. No dia 6, os bispos participarão de uma celebração ecumênica, no Centro de Eventos. 

Durante a Assembleia serão divulgadas, ainda,  mensagens sobre o Dia dos Trabalhadores e sobre as eleições.

COMPARTILHAR