Detalhes do brasao
O Brasão com sua simbologia, cores e palavras latinas situadas na faixa, propõe no conjunto transmitir a Paz como um valioso tesouro perseguido constantemente pela Esperança, outra importante riqueza motivadora. Paz e Esperança: valores que se correspondem profundamente. O conteúdo de ambos os termos está sempre muito presente como anseio e aspiração comum da humanidade. O ano já se inicia consagrando-se como o Dia Universal da Paz, tempo de esperança por novas perspectivas, com a benção de Nossa Senhora Mãe de Deus e nossa. Exatamente no primeiro dia do ano, um de janeiro, eu comemoro o meu aniversário natalício.
Biblicamente o Brasão foi inspirado em Is 11,1-12 e em alguns textos das epístolas paulinas (Rm 5, 1.2; Rm 5, 13; 2Co 1,2.7;Gl 5, 5.22; Ef 2, 12.14.17; Ef 4, 1-6; Cl 1,2.5.20.23.27; 1Ts 1, 1.3; Tim 1,1-2; Tit 1, 1-3; 1Pe 1, 2.3.21; 1Pe 3, 11.15), sobretudo Ef 4, 1-6.
No primeiro texto bíblico mencionado, apesar de não explicitar os termos “Paz e Esperança”, o profeta aborda o seu conteúdo, imagina um novo tempo, cuja renovação realizar-se-á pela força do Espírito de Deus que deve penetrar os quatro cantos da terra com os dons do amor divino. O sonho por um novo projeto, é representado no brasão pelas quatro pombas brancas da Paz, que irradiam seus raios de luz amarelas oriundos do Fogo do Amor criador, por sua vez, representado pela cor vermelha. Estabelece-se assim, a reconciliação de toda a ordem natural ao efetivar a harmonia relacional entre os opostos, os inimigos naturais. A vinda do Filho de Deus é representada pelo símbolo do Cristo Paráclito em cor verde centralizado no espaço em cor branca no formato de uma hóstia que faz menção a Santíssima Eucaristia: presença real e permanência viva do Ressuscitado junto à humanidade. Os conteúdos simbólicos contidos na última frase são contornados pelo círculo em cor azul que representa o nosso planeta terra. A presença de Jesus Cristo na História revela a imagem viva do Deus Pai que muito ama o mundo. A obra redentora de Jesus, o servo sofredor, o qual ressuscita da morte de cruz, no brasão em cor amarela, patenteia o profundo sentido da História da Salvação, História da Paz e da Esperança. A participação de Maria no plano de Deus é imprescindível para que nossa realidade terrestre cresça na Graça Divina. As doze estrelas nas cores verde e branca que contornam o círculo azul recordam-nos os primeiros apóstolos e formam uma coroa em homenagem a Nossa Senhora Assunta aos céus, Mãe de toda Sabedoria, Rainha dos Apóstolos, Estrela da Paz e da Esperança, sempre Estrela da Evangelização.
Dentre os textos paulinos que também contribuíram para com nossa inspiração, destacamos o qual consideramos principal: a carta aos efésios, já acima e abaixo citada. A referida carta congrega o Povo de Deus a assumir com muita fé a sua vocação, fruto da Graça do Amor de Deus, a olhar por um novo horizonte, a conservar-se em comunhão na diversidade e na unidade do Espírito, a continuar imaginando o novo projeto, o Reino pelo qual Jesus foi radicalmente apaixonado. No nosso tempo, a tolerância, compreensão das diferenças e a crença na importância do diálogo e do amor, são exigências necessárias para se conquistar a verdadeira Paz e Esperança para todos os povos. “Exorto-vos, pois, eu o prisioneiro no Senhor, a andardes de modo digno da vocação a que fostes chamados: com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros com amor, procurando conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação a que fostes chamados; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; há um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos por meio de todos e em todos”. (Ef 4,1-6).