18 Dez, 2013

SUMÁRIO
OBJETIVO GERAL DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL .......................................... 03
APRESENTAÇÃO.................................................... 04
I. IGREJA, MISSÃO E VIDA ................................ 06 1. Igreja e sua natureza divina e humana ........ 06 2. Igreja e sua vocação missionária ................ 09 3. Igreja e a promoção humana ...................... 12II. DIOCESE DE ASSIS ........................................... 16III. CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA PASTORAL ................................................................. 19IV. PROCESSO REALIZADO PARA ELABORAÇÃO DO 5º PLANO DE AÇÃO EVANGELIZADORA DA DIOCESE DE ASSIS ............................................... 211. Em nível de discipulado ........................... 222. Em nível de missionariedade ....................233. Conclusões ................................................ 243.1 Discipulado ..................................... 253.2 Missão ............................................. 26ANEXOS: .................................................................. 28 V. MAPA DA DIOCESE DE ASSIS ..................... 28VI. ORGANOGRAMA DA DIOCESE DE ASSIS ... 29VII. SETORES ORGÂNICOS DE INSTRUMENTOS ECLESIAIS (SOIE) .................................................... 30 ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS ..... 34
“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo".
(Objetivo Geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil)
APRESENTAÇÃO
O 5º Plano de ação evangelizadora da Diocese de Assis, inspirado no clamor da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribe, assume como compromisso orientar a nossa Igreja Particular no seu itinerário evangelizador nesse atual tempo marcado por um novo cenário conjuntural um tanto desafiador. O processo acelerado do novo tempo nos cobra uma tomada de posição eclesial frente ao social que sofre profundas mudanças em sua estrutura. Todos os aspectos da vida humana não se isentam da latência de renovação e transformação frente a imposição de um novo “status quo”, novo “modus vivendi”, isto é, novo modelo de padrão social estabelecido, nova forma de vida, que sofre as dores de parto de um esperado tempo inédito. É o que podemos entender por “mudança de época”, em que a Igreja como instituição divina e humana, constituída por pessoas de boa vontade e iluminada pela presença viva do Espírito defensor, à luz da Fé no Ressuscitado, é impelida a interpretar o tempo novo como discípula e missionária do Senhor da História. Os sinais do novo tempo devem ser interpretados e enfrentados com os sinais de Deus, cujo desejo, é fazer desse novo tempo parte da História da Salvação. Em outras palavras podemos afirmar, é tempo de um novo Pentecostes. O limiar do cenário em devir, à luz da fé, longe de ser interpretado com pessimismo e negatividade, deve ser acolhido na esperança e no amor oriundos de Deus, o Senhor Criador e Recriador de toda a vida. “Mandas teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra.” (Sl 104, 30).
Nessa perspectiva, o povo de Deus da Igreja Particular de Assis levantou algumas pistas como norte da Igreja a serem abordadas com maior atenção nas instâncias do discipulado e missionariedade. No que diz respeito ao discipulado, o plano chama a atenção quanto ao empenho voltado para a formação integral dos irmãos e irmãs leigos, dos agentes de pastoral familiar, da juventude, dos presbíteros e sólida catequese para todas as faixas etárias. Na instância da missionariedade, o plano levanta a necessidade de um corajoso investimento evangelizador voltado para a instituição familiar e renovação da estrutura paroquial.
Envolvido na elaboração do plano, destaco a elogiável participação do nosso laicato presente nos diversos setores eclesiais de nossa diocese. A partir desse pressuposto, afirmo que o presente plano não é fechado e nem conclusivo. Mas, deve retornar aos setores eclesiais dos quais surgiu e na base dos mesmos ser trabalhado com o objetivo de colocá-lo em prática. É na vida das comunidades, pastorais, associações e movimentos que o plano deve acontecer concretamente. Portanto, é imprescindível que nossas atividades eclesiais programem o quanto antes as assembleias localizadas para refletirem o plano e sobre o mesmo elaborarem o seu projeto. O plano não vive em si mesmo, mas deve nascer e viver em todas as atividades que integram os nossos Setores Orgânicos de Instrumentos Eclesiais.
Povo de Deus, da Igreja Particular de Assis, parabéns pelo novo plano e façam do mesmo bom uso.
Em Cristo Jesus, Paz e Esperança!
DOM SIMÃO
I. IGREJA, MISSÃO E VIDA
Em função da elaboração do 5º Plano de Ação Pastoral da Igreja Particular de Assis-SP, apresentamos a presente reflexão como texto formativo que irá compor o subsídio das diretrizes que deverão orientar a caminhada evangelizadora de nossa Diocese por um bom tempo. A reflexão é constituída por três itens que abordam a identidade da Igreja, sua missão e vida.
1. IGREJA E SUA NATUREZA DIVINA E HUMANA
A fé do povo de Deus, povo de vida eclesial, oferece aquela certeza absoluta, a qual se alicerça e é alimentada pelo próprio conteúdo de suas fontes, que a Igreja foi pensada e instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo como organismo vivo, santo e santificador, cuja permanente assistência do Espírito de Deus lhe garante toda a segurança, autoridade e poder de salvação. (Cf. Catecismo da Igreja Católica 766).É imprescindível que mencionemos o ano da Fé, proclamado pelo Sumo Pontífice Bento XVI, no dia 11 de outubro do corrente ano, o qual avançará até a data de 24 de novembro de 2013, festa de Cristo Rei do Universo. Na perspectiva do quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II e do Vigésimo aniversário do Catecismo Católico, o ano propõe-se um marco significante para iniciarmos um processo de dedicação sobre o conhecimento e vivência do conteúdo fundamental da Fé, profundo dom do mistério de Deus, e que por motivação do mesmo, nos capacitemos espiritualmente para melhor recitarmos na profundidade da alma e do coração o Credo da Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo pregado milenarmente pela Igreja. (Cf. PF 11). A temática da fé, será retomada no item dois quando trataremos da vocação missionária da Igreja. A propriedade da natureza eclesial podemos encontrar já no conceito Igreja, que oferece-nos um conteúdo muito profundo, rico de sabedoria, que sempre é enriquecido significantemente por intermédio da contribuição teológica produzida sob os fundamentos da Palavra, da Tradição e da interpretação do autêntico Magistério no decorrer do processo da História da Salvação. Sempre sentimo-nos interpelados em recorrer a esse conteúdo, principalmente nos momentos e situações de incertezas e certos desvios e abusos na caminhada de fé de nossas comunidades, pastorais, movimentos, etc. O termo Igreja apresenta um conteúdo ligado a dois vocábulos gregos que ora os transcrevemos: kyriakä e ekklésia.A Igreja enquanto “ ‘kyriakä’, do qual deriva ‘Church’, ‘kirche’, significa a que pertence ao Senhor” (Catecismo da Igreja Católica 751). Trata-se do Reino amado de Jesus Cristo, o Reino que está presente no seio da Igreja e através dela cresce no meio do povo, isto porque, ao ser fundada e assistida pelo Ressuscitado a Igreja é incontestavelmente Santa, propriedade querida por Deus que a criou e a alimenta sempre para ser instrumento eficaz de salvação. Nesse sentido, a Igreja, apesar de não ser o Reino definitivo, nela subsiste a totalidade da Graça Salvadora, porta a totalidade de elementos de salvação e por carregar os elementos do Reino de Deus é o instrumento mais eficiente desse Reino, “... ainda que fora do seu corpo se encontrem realmente vários elementos de santificação e de verdade, que, na sua qualidade de dons próprios da Igreja de Cristo, conduzem para a unidade católica” (LG 8). A Igreja que Jesus confiou a Pedro e aos seus sucessores, auxiliados pelos primeiros apóstolos e aos seus sucessores (Cf. Mt 16, 18-20; Mc 6,7-13), é uma realidade que não se identifica com nenhuma organização ideologicamente partidária, a nenhum sistema ou regime já adotados na ordem política ou governamental. A Igreja é uma realidade de Mistério. A Igreja mantém-se na unidade e na comunhão de fé e de serviço entre os ministros ordinários e extraordinários. A Igreja enquanto “ekklésia, do grego ‘ekkaléin, chamar fora, significa ‘convocação’” (Catecismo da Igreja Católica 751) trata-se da Assembléia dos fiéis, do povo Deus, povo sacerdotal, povo chamado a desempenhar pela força da unção do Espírito de Deus recebida pelo Batismo uma missão santificadora. “ Na linguagem cristã, a palavra ‘Igreja’ designa a assembléia litúrgica, mas também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Esses três significados são inseparáveis. A ‘Igreja’ é o Povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembléia litúrgica, sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna, assim, Corpo de Cristo.” (Catecismo da Igreja Católica 752). Através dos diferentes jeitos de ser Igreja, através da pertença às comunidades paroquiais, às comunidades eclesiais de base, às ordens, congregações e institutos religiosos, às novas comunidades de fiéis, às inúmeras associações eclesiais e às diversas formas de vida consagrada, aos movimentos, etc., por meio dos tantos modelos de espiritualidades em consonância com a verdade propagada pelas fontes da fé, formamos o corpo eclesial. O povo de Deus é Igreja, o povo de Deus é o corpo ministerial, um organismo que testemunha e caminha ao encontro do Reino. Como o corpo humano depende dos diversos e diferentes órgãos para integralmente bem funcionar. A unidade na diversidade. Pessoas e grupos diferentes objetivando um único desejo, pessoas e grupos partindo de lugares diversos para chegarem a um ponto de encontro. O povo de Deus trilha uma caminhada convergente. O alvo é o Reino de Deus. Nesse sentido podemos afirmar que o povo de Deus é santo porque na condição também de pecador constantemente se revigora na força da Palavra e dos Sacramentos de sua Igreja. (Cf. LG 7). A Igreja como kyriakä é absolutamente santa, como ekklésia experimenta a condição de pecado através do povo que a forma e traz o pecado para dentro de si, condição esta superada pela Graça da Trindade Santa que dinamicamente age em favor da conversão do seu próprio povo. A Igreja, é o sinal da presença viva do Verbo encarnado entre nós, que continua revelando a ação de Deus na História humana, absorvendo o pecado do mundo, e através da Penitência e da Eucaristia (Cf. (DAp. 176; 251) nos redime, nos santifica e nos envia à missão. As duas dimensões Kyriakä e Ekklésia, o Divino e o Humano, Igreja já na posse dos bens celestes e Igreja terrestre em missão, formam uma só realidade de mistério, espiritual e visível, única e complexa, na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. (Cf. LG 8).
2. IGREJA E SUA VOCAÇÃO MISSIONÁRIA
Chegamos à conclusão que é impossível pensar na Igreja Cristã Católica sem reconhecermos sua vocação missionária. O Divino Mestre ao instituí-la como continuadora de sua Missão também lhe confere identidade que vem dar consistência em sua própria natureza. (Cf. DAp. 373). Jesus a cria para propagar a fé, na qual porta o anúncio da Boa Noticia do Reino, oferecendo-a humanidade, como mediadora competente de Salvação, formada pelos homens e mulheres e assistida pelo Espírito Santo. Por ordem do Mestre e Senhor Jesus Cristo o proprium da sua Igreja é evangelizar, caracterizando-a como missionária do Evangelho. (Cf. AG 2; 5-6; Catecismo da Igreja Católica 767). “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discipulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28, 19-20). Esta passagem do Evangelho nos mostra o imperativo do Mestre Jesus Cristo que atribui autoridade à sua Igreja e determina a sua natureza, uma Igreja que não esteja condicionada a um determinado poder, território ou cultura, não uma Igreja fechada num círculo vicioso, engessada por qualquer instituição que seja, mesmo que esta instituição seja dela mesma, mas uma Igreja que avance os limites geográficos e atinja os corações das nações com a força do amor, que faça de todos os povos discípulos do Reino, uma Igreja sem fronteiras, que corajosa na força da fé mostre no seu atuar a mesma prática de Jesus.Viver a Fé no Ressuscitado e transmiti-la com coragem só é possível através da força do Amor maior. O vocábulo Fé é proveniente da raiz latina Fides. No aspecto religioso adotamos comumente o significado da expressão latina como crença. Essa crença como fé, adquire um profundo conteúdo muito bem explorado e informado pelo Catecismo da Igreja Católica. O termo Fides é rico de sentido. Empregado nas diversas áreas do conhecimento humano é portador de elogiável significado. Em qualquer dicionário da língua latina, a terminologia Fides, de forma geral significa: crença, fidelidade, confiança, lealdade, juramento, promessa solene, consciência, retidão, honra, honestidade, etc. (Cf. DICIONÁRIO ESCOLAR LATINO-PORTUGUÊS (MEC). 3 ed. Rio de Janeiro: Gomes de Souza, 1962. 1081 p.). A definição do termo latino, nos ajuda a melhor compreendermos o conteúdo da Fé, que não trata só em dizer que se crê em Deus, mas trata-se de uma crença que estabelece vinculo, pacto de compromisso fiel com o Senhor, em outras palavras amor e compromisso com a Aliança de Deus. A Fé me funde com a verdade proclamada pela Palavra, com a Graça santificante dos Sacramentos de minha Igreja e com os mandamentos da mesma. A Fé me leva a integrar confiantemente em minha vida a totalidade da Mensagem da Palavra e a totalidade da Doutrina da Igreja Cristã Católica. Viver a minha fé, não é simplesmente eu viver da forma como eu imagino viver simplesmente, viver a minha Fé significa viver a Fé da Igreja, é entrar em consonância, em sintonia, daquilo que necessito e quero com aquilo que a Igreja necessita e quer, que nada mais é que a vontade do Senhor Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Viver a minha Fé é entregar-me totalmente e harmoniosamente à Fé da Igreja. A obediência na Fé me conduz ao encontro com o Senhor Ressuscitado. A missão evangelizadora da Igreja é revelar no Mistério de Deus a grandeza da Fé. (Cf. Catecismo da Igreja Católica 4-10; 84-100; 142-1065).A missão evangelizadora ao revelar o amor concreto de Deus atuando na História humana, dá sentido à Igreja, mostra os horizontes que se deve perseguir, portanto em nenhum momento ou lugar a Igreja pode viver sem este propósito, caso contrário perde a sua identidade e se desvirtua. A Igreja sempre esteve voltada para com a obra da Evangelização. Contemporaneamente podemos situar um novo vigor a partir do Vaticano II, sobretudo um pouco depois em 1975 com o lançamento da Exortação Apostólica de SS. Paulo VI Evangelii Nuntiandi. Inaugura-se um novo tempo em que a Igreja se vê impelida iniciar uma nova jornada evangelizadora, no sentido de ir ao encontro do homem moderno e estabelecer com ele um diálogo novo. O mundo mudou e a Igreja como instituição divina e humana constata que também precisa mudar, precisa ir em busca de maneiras novas e recursos diferentes para levar ao conhecimento de todos que Jesus Cristo existe e está vivo entre nós. Na esteira da referida Exortação Apostólica, que já percebia o despontar de um novo mundo surgindo com a modernidade, com uma nova antropologia de fundo, novos valores e questionamentos, fez a Igreja se despertar sempre mais no decorrer dos últimos tempos, que não pararam de sofrer mudanças de toda ordem até os dias atuais. (Cf. DAp. 44) O clamor da Igreja por uma evangelização mais arrojada, criativa e desafiadora faz-se presente atualmente. Na América Latina e Caribe, a última palavra da Igreja neste campo trata-se da V Conferência de Aparecida que traz como centro de reflexão a temática sobre os discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele os povos tenham vida. O documento deve nortear toda a vida de nossa Igreja neste contexto próprio, relendo e iluminando todos os trabalhos eclesiais nas mais variadas instâncias de evangelização. A Conferência de Aparecida é revolucionária, apela para uma profunda conversão pastoral, propõe uma Igreja em processo de renovação estrutural. (Cf. DAp. 172-175; 365-370; 547-552).
3. IGREJA E A PROMOÇÃO HUMANA
A Obra evangelizadora da Igreja, cujo objetivo fundamental é anunciar Jesus Cristo, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, que trouxe-nos um Reino de Amor e respeito pela pessoa do homem e da mulher, é certamente um trabalho de cunho confessional o que também não deixa de ser de cunho profundamente humano. A missão da Igreja Cristã Católica deve ser totalmente fiel à sua Doutrina, que origina-se na vertente da Fé e na vertente do Social. A Doutrina sistemática e social da Igreja fundamenta-se na própria natureza divina e humana da Igreja acima já exposto. Em muitas passagens do Evangelho Jesus deixa muito claro a sua vontade de como deve ser a doutrina de sua Igreja missionária, por exemplo, na passagem relatada pelo evangelista São Mateus quando Jesus é interpelado pelos fariseus: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mt 22, 37-40). Outro exemplo, na cena da 1ª multiplicação, também relatada por Mateus: “Chegada a tarde, aproximaram-se dele os seus discípulos, dizendo: O lugar é deserto e a hora já está avançada. Despede as multidões para que vão aos povoados comprar alimento para si. Mas Jesus lhes disse: Não é preciso que vão embora. Dai-lhes vós mesmos de comer.” (Mt 14, 15-16). Assim as fontes da fé que sempre acompanharam a Missão evangelizadora e catequética da Igreja, concebem como legítima e segura Doutrina eclesial aquela que esteja alicerçada pela Fé na Trindade Santa e pelo compromisso em favor da vida, em favor dos inocentes indefesos, dos necessitados, pobres, marginalizados e excluídos do convívio social. (Cf. DAp. 358).Toda a Doutrina eclesial católica norteia-se pelas virtudes que chamamos de teologais: Fé, Esperança e Caridade (Amor). Todo o trabalho missionário da Igreja Cristã Católica orienta-se no exercício da contemplação e da prática dessas virtudes. Na perspectiva da Fé, da Esperança e da Caridade é que a Igreja milenarmente lança-se com incansável fervor na missão da promoção da vida, ou seja, da promoção humana. (Cf. DAp. 98) Creio ser oportuno, salientarmos, que antes de tudo, a promoção humana é um dever de Estado. O poder público que representa o Estado Democrático de Direito em constante evolução tem como finalidade social promover o bem comum, zelar pelos cidadãos em geral, proteger os trabalhadores que pagam por esta garantia e segurança através dos impostos que lhes são recolhidos. Nesse sentido o poder público é chamado a atuar de acordo com as exigências éticas. O Estado democrático, por sua natureza respeitoso à pluralidade de pensamentos e segmentos que dão consistência ao tecido social, é antes de tudo a instituição pública fundamentada no testemunho moral, gerenciador de justiça, solidário e protetor dos pobres preferencialmente. (Cf. DAp. 70; 385; 403).No que diz respeito à promoção da vida humana, a Igreja , na medida de suas possibilidades, lança-se neste serviço como exigência de fé e compromisso com o amor. A missão evangelizadora tem como grande objetivo, ao oferecer a devida assistência à vida nos diversos aspectos de carência humana existentes, propor a formação na fé e conscientizar as pessoas quanto ao valor da vida humana. Tomemos como exemplo, as tantas obras da Igreja voltadas para o social: além da prática de tantas pastorais sociais e grupos e comunidades específicas de vida consagrada, as tantas organizações não governamentais da Igreja ou ligadas à Igreja, mencionamos as instituições de ensino nos diversos níveis, as creches, os hospitais, as casas de amparo de portadores do HIV, as casas de amparo maternal, casas de deficientes físicos e visuais, centros de recuperação de dependentes alcoólicos e químicos, centros de recuperação de infratores, albergues ou centros de recolhimento de indigentes, centros de atendimento aos trabalhadores, etc. Muitos dos assistidos pelas tantas obras filantrópicas promovidas pela Igreja não professam a confissão católica, grande números de cristãos evangélicos, porcentagem expressiva pertencente às tantas denominações não cristãs e aqueles que assumem uma postura neutra em relação à religião. Contudo, o que os reúne em torno da assistência em favor de alguma necessidade é a carência de recursos. Todos procuram a assistência oferecida pela Igreja pela razão comum que é a pobreza, muitos no nível abaixo da pobreza, que podemos considerar nível da miséria. (Cf. DAp. 360-361).A vida é um presente de Deus, é o dom primeiro que para nossa fé nunca terá fim. A vida tem valor em si mesma, para Deus vale tanto que a destina à plenitude, à Ressurreição pela Graça e amor santificante do mesmo Criador. Deus Criador ama muito a vida de cada um de nós, tanto que Ele a cria e não quer que pereça. Amar a vida, protegê-la integralmente em todas as circunstâncias e investir em seu desenvolvimento faz parte da missão evangelizadora. (Cf. DAp. 356). O resgate e a conquista por qualidade de vida, a reivindicação por políticas e segurança públicas, a cobrança por justiça e reconhecimento dos direitos humanos tem consistido na perseverante caminhada das pastorais sociais da Igreja. (Cf. DAp. 106).Todo o serviço missionário em qualquer nível que seja sempre está voltado para a promoção do humano no social. Podemos também considerar todo labor apostólico promovido pela Igreja como uma grande contribuição junto ao poder público. Sem reclamar direitos e vantagens, a Igreja extra-oficialmente tem sido uma grande parceira do poder público que não consegue por diversos motivos atender suficientemente a demanda das necessidades das populações mais empobrecidas. Certamente que a Igreja poderia oferecer um serviço mais qualificado junto à população carente se as parcerias com o poder público fossem mais estreitadas, respeitando logicamente a autonomia institucional de cada parte. A vocação da Igreja é continuar com sua missão, que no bojo de sua utilidade não deixa também de prestar relevante serviço de integração social, sendo força na recuperação de auto-estima aos seus assistidos, auxiliando no alívio de tanto sofrimento presente nas vidas dos mais pobres, marginalizados e excluídos. Podemos afirmar que a intenção da Igreja é ajudar, é somar força de forma despretensiosa. No novo tempo temos mais motivos para nos unir do que para nos separar. O novo tempo exige que unamos nossas forças, nossos credos, organizações governamentais e não governamentais, o poder público e civil, e abracemos uma empreitada comum, corajosa e solidária em favor dos direitos da vida humana que ainda são muito violados. Meditemos a Oração da Campanha da Fraternidade de 2008, que assume como tema Fraternidade e defesa da vida, e como lema “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30, 19).
Ó Deus Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos!Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossaImagem e semelhança. Proclamamos as maravilhas de vosso Amor presentes na criação e na história. Por vosso Espírito,Tudo se renova e ganha Vida.
Nosso egoísmo muitas vezes desfigura a obra de vossas mãos,Causando morte e destruição. Junto aos avanços, presenciamosTantas ameaças à vida. Que nesta quaresma abraçamos a graçaDa conversão tornando-nos mais atentos e fiéis ao Evangelho.
Que o compromisso de nossa fé, nos leve a defender e promoverA vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio.Vosso Filho Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado, nos confirma queO amor é mais forte que a morte. Como seus discípulos queremos“Escolher a vida”.
Maria, mãe da Vida, que protegeu e acompanhou seu Filho,Da gestação à ressurreição, interceda por nós, Amém!
II. DIOCESE DE ASSIS A Diocese de Assis foi criada a 30 de novembro de 1928, pela Bula “SOLLICITUDO UNIVERSALIS ECCLESIAE”, do Papa Pio XI. Foi desmembrada da Arquidiocese de Botucatu / SP.Primeiramente Dom Carlos Duarte da Costa, Bispo de Botucatu (1928 – 1930), a administrou apostolicamente.O primeiro Bispo foi Dom Antônio dos Santos, CM, tomando posse de seu ofício em 19 de março de 1930, ficando no governo desta diocese até seu falecimento em 02 de fevereiro de 1956. O segundo Bispo foi Dom José Lázaro Neves, CM ( 1956 – 1977). Ele foi nomeado Bispo Auxiliar de Assis em 1948 e Sagrado aos 21 de Novembro de 1948. Chegou em Assis dia 02 de Fevereiro de 1949. Foi nomeado Bispo Coadjutor em 1952 e tomou posse como Bispo Diocesano em 1956. Dom Lázaro faleceu em 01 de maio de 1991.O terceiro Bispo Diocesano foi Dom Antônio de Sousa, CSS ( 1977 – 2004). Ele foi eleito Bispo Coadjutor de Assis em 13 de Fevereiro de 1974 por Sua Santidade o Papa Paulo VI. Sagrado Bispo em 16 de Abril de 1974 na cidade de Barretos-SP. Tomou posse de seu ofício como Coadjutor em 02 de Junho de 1974. Tornou-se Bispo Diocesano em 20 de Julho de 1977. Tornou-se Bispo Emérito em 27 de Outubro de 2004. A Diocese de Assis teve também um Bispo Auxiliar, Dom Eugênio Adrian Lambert Rixen, no período de 1996 a 1998. Hoje, Bispo Diocesano de Goiás-Velho – GO.O quarto Bispo Diocesano foi Dom Maurício Grotto de Camargo, eleito Bispo Coadjutor de Assis, em 03 de maio de 2000, pelo Papa João Paulo II e Sagrado Bispo, na cidade de Presidente Prudente / SP, em 30 de julho de 2000. Tomou posse de seu Ofício Canônico, como Bispo Coadjutor, em 20 de agosto de 2000. Tornou-se o 4º Bispo Diocesano de Assis em 27 de outubro de 2004.Devido à nomeação de Dom Maurício para o Arcebispado de Botucatu, sede da nossa Província Eclesiástica, em 19 de novembro de 2008 e tomada de posse em 15 de fevereiro de 2009, a Diocese de Assis, tornou-se Sede Vacante. O Colégio dos Consultores elegeu no dia 17 de fevereiro de 2009 para o ofício de Administrador Diocesano o Revmo. Sr. Pe. David José Martins, então Vigário Geral, Chanceler do Bispado e Pároco da Catedral, até que a Santa Sé nomeasse o novo Bispo de Assis. Neste tempo de vacância o Pe. David José Martins assumiu o governo da Diocese e continuou como Pároco da Catedral.A Diocese de Assis no ano dos seus 80 anos de fundação, deu à Igreja de Botucatu, o seu novo arcebispo, ou seja, pela primeira vez um bispo desta Diocese torna-se Metropolita e mais ainda, da mesma Província Eclesiástica. E também teve pela primeira vez seu Administrador Diocesano; um padre que a governou por um período de 06 meses. No dia 24 de junho de 2009, Solenidade de São João Batista, o Precursor do Senhor, Sua Santidade Bento XVI nomeou Dom José Benedito Simão, como 5º Bispo Diocesano de Assis, transferindo-o de sua sede como Bispo Titular de Tagaria, do seu ofício de Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo / SP, Região Episcopal Brasilândia. Assumiu seu ofício canônico em 23 de Agosto do mesmo ano.A Diocese de Assis está situada no Oeste Meridional do Estado de São, fazendo limites: ao norte com a Diocese de Marília, ao sul com o Estado do Paraná (Arquidiocese de Londrina e Diocese de Cornélio Procópio), ao leste com a Diocese de Ourinhos e ao oeste com a Diocese de Presidente Prudente, esta desmembrada integralmente da Diocese de Assis em 1960. O Padroeiro da Diocese é São Francisco de Assis.
III. CONHECENDO NOSSA HISTÓRIA PASTORAL
A renovação das estratégias de ação pastoral desencadeadas em muitas dioceses do Brasil na década de 1960, à luz dos documentos do Concílio Vaticano II, chega à Diocese de Assis somente na década seguinte. Neste sentido o ano de 1975 foi decisivo.O terceiro Bispo Diocesano, D. Antônio de Sousa, havia chegado com a missão específica de implantar a renovação pastoral, tão incentivada pelo Vaticano II e pela CNBB.
1º Plano de Pastoral 1976-1977: A prioridade escolhida foi FAMÍLIA. “Desenvolver a ação pastoral não só nos centros docentes, mas em todos os demais setores de influência educativa, como a família”
2° Plano de Pastoral 1978-1980: Desta vez foram assumidas duas prioridades: CEB’s e Família. O documento de Medellin pedia:“Procurar a formação do maior número de comunidades eclesiais nas paróquias, especialmente nas zonas rurais ou entre os marginalizados urbanos. Comunidades que se devem basear na Palavra de Deus e realizar-se, enquanto seja possível, na celebração eucarística, sempre em comunhão e sob a dependência do bispo”. (DM 6, 13).
3° Plano de Pastoral 1984-1985: As prioridades deste plano foram CEB’s e Ministérios.Retomada do 3° Plano de Pastoral: 1988-1990: O terceiro plano de ação pastoral que estava programado para dois anos estendeu-se até 1986. Por ser muito abrangente, seu conteúdo não foi esgotado. Expirava o prazo de vigência, mas o Plano continuava útil e atual. Foi do consenso geral entre as várias coordenações, que não havia necessidade de se elaborar outro: bastava atualizar o já existente.
4° Plano de Pastoral: 1995-2000: Na Assembléia de novembro de 1993, definiu-se que todo o novo Plano de Ação Pastoral deveria ter como característica básica a MISSIONARIEDADE. O objetivo geral do Ministério da Visitação: “Ser um instrumento de evangelização com renovado ardor missionário através do contato pessoal”.
IV. PROCESSO REALIZADO PARA ELABORAÇÃO DO 5° PLANO DE AÇÃO EVANGELIZADORA DA DIOCESE DE ASSIS
Com a chegada do nosso Bispo Diocesano, Dom José Benedito Simão, tendo conhecido a realidade o Senhor Bispo passou a elaborar o Processo de reestruturação Pastoral da Diocese de Assis surgindo os Setores Orgânicos de Instrumentos Eclesiais(SOIE), que congregam todas as pastorais, movimentos e novas comunidades em áreas especificas de cada atuação de trabalho.Tendo realizado esta nova estrutura, Dom Simão, reunindo todos os conselhos de governo e os coordenadores dos setores orgânicos e vendo a nova realidade cultural do nosso tempo diante dos desafios, no dia 06 de fevereiro de 2011 decidiu começar o 5° Plano da base, ouvindo todas as paroquias, movimentos e novas comunidades tendo como base o Documento de Aparecida. Para tanto, foi elaborado um subsidio com o titulo “Diocese de Assis rumo ao 5° Plano de Pastoral”, este conteúdo foi elaborado com encontros celebrativos tendo como cume perguntas para reflexão. No dia 11 de dezembro de 2011 aconteceu a Assembleia Diocesana de Pastoral para lançar o subsidio, que tem como base de refelexão o Documento de Aparecida. Lançado e refletido o subsídio, aconteceram nas paróquias e nas regiões pastorais assembléias, e no dia 03 de junho de 2012 realizou-se, no Centro Diocesano de Pastoral, a Assembleia Diocesana com a finalidade de partilhar as reflexões e definir as prioridades da caminhada pastoral da Diocese de Assis. Foram escolhidas as prioridades no nível do Discipulado e da Missionariedade. Vejamos a síntese dessas prioridades.
1. EM NÍVEL DE DISCIPULADO:
INVESTIMENTO NA FORMAÇÃO PERMANENTE, HUMANA INTEGRAL (psicológica, emocional, física, etc); ACADÊMICA E ESPECIALIZADA (FAJOPA);
DESTINATÁRIOS:*LEIGOS E LEIGAS (Lideranças de comunidades, Fé e Política, Cursos de Teologia, Escola Santo André);*AGENTES DE PASTORAL FAMILIAR NAS VÁRIAS SITUAÇÕES*JUVENTUDE (Setor Juventude: pastorais, movimentos, comunidades de vida, associações e outros)*CATEQUESE PARA TODAS AS IDADES (enfatizando a faixa etária adulta);*PRESBÍTEROS
2. EM NÍVEL DE MISSIONARIEDADE:
INVESTIMENTO NA RENOVAÇÃO DAS PARÓQUIAS E ESPECIAL ATENÇÃO ÀS FAMÍLIAS
DESTINATÁRIOS:*FAMÍLIA (Evangelização, visita domiciliar, pastoral familiar, novas realidades familiares, etc...).*RENOVAÇÃO DAS PARÓQUIAS:- Ministério da Visitação, renovação missionária, ação social e pequenas comunidades (CEBs, entre outras iniciativas);- Pastoral do enfermo, pastoral da comunicação, acompanhamento dos grupos de jovens; - Pastoral da esperança e pastoral da terra (formação, engajamento e conscientização);- Criação e fortalecimento dos Conselhos (CPP – CPC – CAP e outros).
Atendendo as necessidades de hoje, estas pistas de ação quer nos ajudar na identificação e execução dos trabalhos pastorais das nossas paróquias. Aponta o que é prioritário, urgente e necessário para que a nossa ação pastoral responda aos anseios do povo de Deus. A apresentação de pistas não quer limitar a nossa criatividade pastoral, mas, sim nos motivar a encontrar meios eficazes para a evangelização. Por fim, o Plano de Ação Evangelizadora deverá ser referência para a avaliação de nossa ação pastoral, dentro do período proposto para a sua execução.3. CONCLUSÕES:
Na elaboração do 5º Plano da Ação Evangelizadora, compreendemos que toda a ação do discípulo missionário está voltado para Jesus Cristo. “ Toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai. Jesus é a razão de ser, origem de nosso agir, motivo de nosso pensar e sentir. Nele, com Ele e a partir d’Ele mergulhamos no mistério trinitário, construindo nossa vida pessoal e comunitária”(Diretrizes,4). “ O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do Mistério da Igreja: um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”(DAp,155), “como sacramento ou sinal e instrumento da intima união com Deus e da unidade de todo gênero humano”(LG,1), possibilitando o amadurecimento da fé em âmbito pessoal e comunitário (cf: Porta fidei,1; DAp,156 e 157 ).Cremos que o discípulado e a missionareidade, são meios para a viabilização de uma pastoral de conjunto que possa responder a esses anseios do ser humano em sua vida eclesial e social, por isso, de acordo com as conclusões do estudo realizado nas comunidades, movimentos, pastorais, associações de fiéis... , em vista da elaboração do 5º Plano da Ação Evangelizadora chegou-se a conclusão que toda ação pastoral da Diocese de Assis deverá considerar as seguintes motivações:
3.1 DISCIPULADO Buscar uma formação humana integral, visando a pessoa como um todo, considerando as 5 urgências na ação evangelizadora: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja: lugar da animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; Igreja a serviço da vida plena para todos (cf: Diretrizes, 25 ao 72). Será de fundamental importância que sejam estudadas estas urgências para que os projetos pastorais possam de fato consolidar com os anseios da Igreja de hoje.
A formação humana integral do discípulo missionário, assim pensada e assumida, terá condições de o capacitar para compreender que “tais urgências dizem respeito à busca e o encontro de caminhos para a transmissão e sedimentação da fé neste período histórico de transformações profundas”(Diretrizes,28; Porta fidei 3-6).
Portanto, qual projeto de ação pastoral que sua área de pastoral poderia assumir na linha do discipulado?
(Para a elaboração dos projetos pastorais, será imprescindível que os padres estudem com as pastorais, movimentos, associações de fiéis e outros, as orientações das Diretrizes gerais da ação evangelizadora da igreja no Brasil -2011-2015, acima citada e junto com cada seguimento pastoral da paróquia, elabore um projeto especifico para cada área pastoral.)
3.2 MISSÃO
Reestruturação das paróquias ( DAp,365 ao 372), visando uma pastoral de conjunto,retomando o Ministério da Visitação, como prioridade em todos os trabalhos pastorais.A reestruturação das paróquias há que considerar as propostas de perspectivas de ação: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja:lugar da animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; Igreja a serviço da vida plena para todos (Diretrizes, 73 -120) para contribuir com a edificação de uma Igreja comunhão e participação (DAp,213 e 368) considerando a Família e a Juventude como prioridades da ação do discípulo missionário, buscando uma conversão pastoral que respeitem os anseios da família e juventude, indo além de uma pastoral de conservação para uma pastoral eminentemente missionária (DAp, 370).
Portanto, qual projeto de ação pastoral que sua área de pastoral poderia assumir na linha da missão?
(Para a elaboração dos projetos pastorais, será imprescindível que os padres estudem com as pastorais, movimentos, associações de fiéis e outros, as orientações das Diretrizes gerais da ação evangelizadora da igreja no Brasil -2011-2015, acima citada e junto com cada seguimento pastoral da paróquia, elabore um projeto especifico para cada área pastoral.)A vigência do 5º Plano da Ação Evangelizadora será de 2013 a 2017.
ANEXOS: V. MAPA DA DIOCESE DE ASSIS
Região I Assis e Cândido Mota Região II Paraguaçu Paulista , Quatá, João Ramalho, Rancharia e Iepê Região III Tarumã, Florínea, Pedrinhas Paulista, Cruzália, São José das Laranjeiras e Maracaí Região IV Palmital, Platina,Echaporã, Oscar Bressane e Lutécia VI. ORGANOGRAMA DA DIOCESE DE ASSIS
VII. SETORES ORGÂNICOS DE INSTRUMENTOS ECLESIAIS (SOIE)
1. SETOR DAS PASTORAIS, ORGANISMOS E OBRAS SOCIAIS 1.1 Pastoral Carcerária 1.2 Pastoral da Criança e Creches 1.3 Pastoral da Comunicação (PASCOM)1.3.1 Fundação São Francisco1.3.2 Portal 1.3.3 Rádio 1.4 Pastoral da Saúde 1.4.1 Pastoral da Sobriedade 1.4.2 Pastoral da Pessoa Idosa 1.4.3 Santa Casa de Misericórdia 1.4.4 Asilos 1.5 Pastoral da Terra 1.6 Pastoral do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso 1.7 Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) 1.8 Campanha da Fraternidade 1.9 Demais Campanhas
2. SETOR DA FAMÍLIA E VIDA 2.1 Pastoral Familiar 2.2 Encontro de Casais com Cristo (ECC) 2.3 Famílias em Situações Especiais 2.4 Equipes de Nossa Senhora 2.5 Comunidade N.Sra. da Esperança 2.6 Acampamentos para Casais 2.7 Comissão Diocesana em Defesa da Vida 2.8 Pastoral da Escuta
3. SETOR DA JUVENTUDE 3.1 Pastoral da Juventude 3.2 Juventude dos Movimentos Eclesiais 3.3 juventude das Comunidades de Vida 3.4 Juventude das Comunidades Eclesiais 3.5 Juventude integrante de diversos grupos 3.6 Missão Jovem
4. SETOR VOCACIONAL E VIDA CONSAGRADA 4.1 Pastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional4.2 Conselho de Formadores do Clero Secular Diocesano 4.3 Serviço de Formação e Acompanhamento à Vida Consagrada4.3.1 Ordens Religiosas 4.3.2 Congregações Religiosas 4.3.3 Institutos Seculares4.3.4 Instituto Secular Diocesano4.3.5 Ordens Terceiras seculares4.4 Conferênciados Religiosos do Brasil (CRB) - (Núcleo de Assis/SP) 4.5 Pastoral Presbiteral
5.SETOR DAS COMUNIDADES ECLESIAIS 5.1 Paroquiais 5.2 Setoriais 5.3 Base (Ceb´s) 5.4 Pequenos núcleos 5.5 Grupos de Quarteirão 5.6 Liturgia 5.7 Pastoral da Esperança
6.SETOR DOS MOVIMENTOS, ASSOCIAÇÕES DE FIÉIS, NOVAS COMUNIDADES E IRMANDADES 6.1 Renovação Carismática Católica (RCC) 6.2 Caminho Neo-Catecumenal 6.3 Focolares 6.4 Schöenstatt 6.5 Lua Nova6.6 Aliança Restauração6.7 Fé e Luz 6.8 Kölping 6.9 Pietà 6.10 Legião de Maria 6.11 São Vicente Paulo 6.12 Apostolado da Oração 6.13 Projeto Renascer6.14 Associação Água Viva6.15 Conselho Nacional do Laicato do Brasil(CNLB)
7. SETOR MISSIONÁRIO 7.1 Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) 7.2 Ministério da Visitação 7.3 Santas Missões Populares 7.4 Infância e Adolescência Missionária7.5 Juventude Missionária7.6. Missões: Ad Gentes
8. SETOR DE FORMAÇÃO CRISTÃ 8.1 Instituto Teológico da Diocese de Assis (ITEA) 8.2 Iniciação à Vida Cristã e Catequese Permanente 8.2.1 Batismo8.2.2 Eucaristia8.2.3 Crisma8.2.4 Matrimônio8.2.5 Ordem e Vida Consagrada8.2.6 Reconciliação 8.3 Comissões das Semanas de Formação8.4 Escola de Evangelização Santo André 8.5 Oficina de Oração e Vida 8.6 Acampamentos querigmáticos8.7 Pastoral da Educação 8.8 Pastoral Universitária 8.9 Pastoral dos Coroinhas
PADROEIRO DIOCESANOSÃO FRANCISCO DE ASSIS
Afresco da Catedral de Assis
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCOSenhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa , que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvida, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperança,Onde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz.Ó Mestre, fazei que eu procure maisconsolar que ser consolado; compreender que ser compreendido, amar, que ser amado. Pois é dando que se recebeé perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna...
5° plano de ação evangelizadora da diocese de assis 2013-2017




O 5º PLANO DE AÇÃO EVANGELIZADORA FOI APRESENTADO EM ASSEMBLÉIA DIOCESANA DE PASTORAL REALIZADA NO CEDIPAS, ASSIS/SP, NO DIA 17/02/2013 E LEVADO A TODOS ATRAVÉS DE SEUS PÁROCOS OU REPRESENTANTES PAROQUIAIS E DE MOVIMENTOS. OS TEXTOS FORAM PUBLICADOS NO SITE , FACEBOOK E INFORMATIVO DIOCESANO NOS MESES DE ABRIL, MAIO E JUNHO. ABAIXO APRESENTAMOS OS TEXTOS ESCRITOS POR DOM SIMÃO NUMA REFLEXÃO SOBRE O 5º PLANO. REFLEXÃO SOBRE O 5° PLANO DE AÇÃO EVANGELIZADORA DA DIOCESE DE ASSIS 2013-2017 = (INTERPRETAÇÃO I) Caríssimos irmãos e irmãs, Homens e mulheres de boa vontade, Filhos e filhas amados da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo presente em Assis-SP, Que o Espírito do Ressuscitado os fortaleça! Gostaria de iniciar uma reflexão sobre o nosso 5º Plano de Ação Evangelizadora 2013-2017, após termos publicados em nossos meios de comunicação os três itens componentes do artigo que traz como título Igreja, missão e vida. Aproveito a oportunidade para convocar todos os agentes de evangelização de nossa diocese para que façam uma leitura atenta e meditativa do referido artigo, para constatarmos as tantas coisas belas que a Igreja em Assis já realizou para o bem da porção do povo do Senhor que a compõe e ao mesmo tempo para sentirmos-nos ainda chamados e impelidos a realizar tantas obras, diante das carências que os cristãos enfrentam e sofrem na realidade atual. A leitura compenetrada, que deve dar asas à nossa imaginação evangelizadora, trata-se de um pressuposto indispensável para compreendermos verdadeiramente o que é a Igreja de Jesus Cristo, sua missão no mundo e sua presença viva e verdadeira em nossa Diocese. A extensão literária do 5° Plano é pequena, contudo o seu propósito é grande. Podemos denominá-lo de pequeno e grande Plano. Pequeno porque, como já fora mencionado no início do parágrafo, não apresenta uma vastidão de escritos. Grande porque, o seu escopo é propor-se como diretriz de aplicação do clamor de toda a Igreja da atualidade, com especial atenção, à Igreja presente no contexto latino americano e caribenho. Isso, é o que foi pensado pelo Conselho Diocesano de Pastoral desde o início. Elaborar um plano, evitando-o que fosse repetitivo e cansativo, oferecendo acessibilidade a todos os agentes de nossas comunidades eclesiais, quer essas comunidades estejam situadas em nossas paróquias, quer essas comunidades estejam situadas em outras formas diferentes de ser Igreja, porém todas em comunhão com a Diocese. As tantas iniciativas da Igreja no tempo presente, que algumas bem podemos elencá-las: Sínodos da Palavra e da Nova Evangelização, Diretrizes da CNBB, o Ano da Fé, as últimas Campanhas da Fraternidade, Jornada Mundial da Juventude, etc. e sobretudo, para o nosso Plano em particular, a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho realizada em Aparecida-SP no ano de 2007. Os tantos Documentos da Igreja frutos de suas tantas realizações, oferecem a consistência literária de cunho teológico, pastoral e evangelizador ao nosso 5º Plano. Não esqueçamos que, muitas vezes, mais rico que os próprios documentos, são as circunstancialidades dessas próprias realizações eclesiais, contudo, o que temos em mãos como prova de fonte, são os registros dos textos documentados. As conclusões do Documento de Aparecida-SP, em 2007, é o texto que alicerça o nosso Plano, em outras palavras, podemos dizer: o nosso 5º Plano de Ação Evangelizadora é fruto da Conferência de Aparecida, o espírito de Aparecida é contemplado pelo nosso Plano. Sem Aparecida, o Plano não existiria tal como se apresenta. O 5º Plano é um pequeno filho de Aparecida, sobre o qual a mãe tem grande esperança, o qual a mãe não cansa de aconselhar e educar, portanto o filho, deve crescer no meio do povo de Deus como prática evangelizadora para assim corresponder à expectativa de sua genitora. Amados fiéis, que o Bom Deus os conserve na Alegria da Vitória sobre a morte. Em Cristo Jesus, Paz e Esperança! DOM SIMÃO seu sempre servo, bispo de Assis-SP
REFLEXÃO SOBRE O 5° PLANO DE AÇÃO EVANGELIZADORA DA DIOCESE DE ASSIS 2013-2017 = (INTERPRETAÇÃO II).
Dando prosseguimento à reflexão sobre o 5º Plano de Ação Evangelizadora, começo pelo final da última publicação em nosso Informativo Diocesano, sobre a qual tomo a liberdade em pedir sinceras desculpas ao caríssimo leitor pela nossa falha. A publicação não fora concluída devidamente em nosso Informativo, porém ao contrário, em nosso “site” encontra-se publicado na íntegra. A publicação em referência termina afirmando com a seguinte frase sem pontuação: “Sem Aparecida, o Plano não existiria”, porém o texto deveria ser publicado da seguinte forma: Sem Aparecida, o Plano não existiria tal como se apresenta. O 5º Plano é um pequeno filho de Aparecida, sobre o qual a mãe tem grande esperança, o qual a mãe não cansa de aconselhar e educar, portanto o filho, deve crescer no meio do povo de Deus como prática evangelizadora para assim corresponder à expectativa de sua genitora. Amados fiéis, que o Bom Deus os conserve na Alegria da Vitória sobre a morte. Gostaria que o dedicado leitor verificasse isso com atenção e conclua logicamente a sua leitura, pois um texto como o nosso, cujo objetivo é transmitir a verdade da fé, uma palavra mal empregada, uma frase omitida, podem trazer um resultado não producente. O que devemos deixar claro é que a identidade do Plano encontra sua fonte em Aparecida. Certamente que sem Aparecida, poderíamos ter buscado outras fontes para o Plano. De qualquer forma o Plano poderia existir com ou sem Aparecida. Como Plano simplesmente não depende de Aparecida. No caso nosso, o 5° Plano, por opção de nossa Igreja, junto às instâncias representativas e participação do povo de Deus, achamos por bem adotar o resultado da 5ª Conferência de Aparecida como fonte principal. Contudo, a própria 5ª Conferência, juntamente com nosso Plano, se não forem acolhidos na Fé, pouco ou nada significarão em termos de importância para as nossas comunidades eclesiais. Se os mesmos forem considerados como um amontoado de folhas escritas depositadas em nossas prateleiras ou forem lançados fora para serem queimados, com toda certeza, gastamos um bom tempo e energia em vão. O desejo é que o nosso Plano seja entendido como um subsídio orientador que oferece uma proposta de evangelização inspirada na Conferência de Aparecida. A importância não está particularmente nele como se apresenta, mas sim em sua concretização, em seu resultado na vida de fé de nossos fiéis. Trata-se de um subsídio facilitador, indica o caminho, uma normativa que mostra o itinerário, com toda a sua utilidade, contudo o mais importante, é a comunidade que deve caminhar e chegar ao destino almejado. Como uma norma de trânsito, cujo sentido não é estar a serviço da empresa de multas, mas sim educar, orientar para que eu dirija com cuidado pela vida e chegue seguro ao meu destino pretendido. De nada vale a norma de trânsito, se o motorista é descuidado, se não deseja viajar ou se é obrigado a viajar e viaje contrariado. A norma pela norma, necessariamente não me leva bem ao destino, o que me leva bem ao destino é meu estado de espírito, minha consciência e responsabilidade com minha vida e com a vida dos irmãos. O Plano não pretende ser uma letra morta, mas que ajude a gerar vida no Espírito. Por isso a insistência, do mesmo ser acolhido, no espírito de Fé. Acredito ser oportuno mencionar as palavras do apóstolo São Paulo quando escreve à comunidade de Corinto: “Foi ele que nos tornou aptos para sermos ministros de uma Aliança nova, não da letra, e sim do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida” (2Co 3,6). O Plano é incluso ao processo de trajetória comum do Concílio Vaticano II. O Concílio que está sendo comemorado pela passagem de seu quinquagésimo aniversário nesse ano consagrado à Fé, inaugura uma nova jornada da Igreja rumo aos novos tempos marcados pelas tantas mudanças sociais da modernidade e pós-moderni