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07 , 2025

NOTA DE FALECIMENTO

NOTA DE FALECIMENTO

NOTA DE FALECIMENTO

A Diocese de Assis se solidariza com  a Congregação das Irmãs Pobres Filhas de São Caetano, familiares e amigos pelo falecimento da Ir. Inês ( Bernadete Rodrigues). Mulher de fé inabalável, que consagrou sua vida a amar e servir o próprio Jesus nos pobres, confiando sempre na Divina Providência. Missa de corpo presente presidida por Dom Argemiro de Azevedo, cmf, no dia 07 de agosto de 2025 na Capela do Asilo de Cândido Mota, em seguida sepultamento em Cândido Mota./SP.

Saiba mais sobre a vida de Ir. Inês: 

“Trabalhar serenamente sob o olhar de Jesus”. A frase de Madre Caetana, a 1ª superiora geral da Congregação das Pobres Filhas de São Caetano, poderia resumir perfeitamente a vida de Bernadete Rodrigues. Nascida em Rancharia no dia 17 de abril de 1948 e de família extremamente humilde, a menina conheceu desde o berço as pobrezas humanas e a privação do básico para desenvolver-se. Contudo, se o material foi escasso, a fé em Deus foi o sustento e o amparo para o desabrochar de sua vocação. Bernadete foi criada pelos tios na cidade de Martinopolis, onde deparou-se e encantou-se com o trabalho desenvolvido pelas irmãs de São Caetano no hospital. Atenta ao seu coração, não tardou para que a jovem batesse as asas a voar, ou melhor a entrar no trem que a levaria a Cândido Mota. A empolgação era tamanha, que até a mala fora esquecida e atirada para dentro do vagão pelos familiares. Entrou para o convento na flor da idade e ali permaneceu sem jamais ocupar cargos de destaque. Silenciosa e discreta, sua vocação foi vivida desde o início no escondimento. Desempenhou todas as funções com dedicação e sem a necessidade de bajulações e agradecimentos. Fazer a vontade de Deus e reconhecê-lo nos pobres e sofredores era a sua única ambição. A filha de Silvino Rodrigues e de Antônia Maria da Silva, emitiu os votos no dia 01 de fevereiro de 1976 e renovou-os por 5 anos consecutivos em Cândido Mota. Na congregação recebeu o nome de Irmã Maria Inês de Jesus Agonizante. Se o nome Inês em tradução latina e grega significa cordeiro, pureza e castidade, a religiosa foi dócil como um cordeiro e pura e casta como as virgens prudentes. Sua profissão perpetua aconteceu no dia 31 de janeiro de 1982, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, também em Cândido Mota. Atuou na Creche Nossa Senhora das Dores, destacando-se pelo zelo às crianças e colocando em prática o dom pela costura. Do seu pequeno “ateliê” improvisado, saíram uniformes para as crianças e lençóis para os colchões. Unia perfeitamente o trabalho e a oração, sem descuidar-se das práticas religiosas. Recitava o ofício em comunidade e ornamentava diariamente a imagem da Virgem Maria com rosas naturais. Aliás, flores colhidas do jardim cultivado pelo labor de suas mãos. Quando sobrava um tempinho se dedicava a pintar panos de prato, fazer crochê e ensinar o ofício às postulantes e noviças. Irmã Inês era caprichosa e no seu trabalho de formiguinha, passava desapercebida pela comunidade paroquial. Embora reservada e tímida, era serena, alegre, afetiva e feliz. No Asilo São Vicente de Paulo era paciente no trato com os idosos, muitas vezes convencendo-os a se alimentarem corretamente. Sua máquina de costura nunca aposentou-se e passou a cerzir e costurar as vestimentas dos atendidos. Também não se descuidava da higiene e dos produtos de limpeza. Após mais de 25 anos em Cândido Mota, foi transferida para Catanduva, onde continuou a gastar-se por 12 anos na Vila São Vicente. Debilitada e amadurecida na fé, assemelhou-se ao Cristo sofredor, encarando com resignação e paciência a sua via Crucis. O seu calvário foi longo, silencioso e recheado de dores constantes, fruto da artrite e artrose que lhe deformaram as mãos e os pés, mas nunca o coração. Hospitalizada, nutria o desejo de voltar a trabalhar pelos necessitados e de retornar a Cândido Mota para degustar do bolo de milho e seus derivados que tanto apreciava. Deus tinha planos maiores e Irmã Inês estava madura para o Reino celeste. Recebeu os sacramentos finais e faleceu no dia 06 de agosto de 2025 - Festa da Transfiguração do Senhor. Será sepultada no dia de São Caetano de Thiene - padroeiro da congregação e a primeira religiosa a receber essa honraria. Em um mundo marcado por vozes altas e luzes intensas, Irmã Inês deixa-nos como legado o exemplo de uma vida que foi um constante ofertório em sacrifício vivo e escondido. Na obediência foi mestra do recolhimento e silenciosa como Maria, soube guardar tudo no coração e transforma-lo em oração. Irmã Maria Inês de Jesus Agonizante escolheu sempre o último lugar e por isso é digna de portar a coroa reservada para as almas que souberam viver escondidas em Deus.”

 

Texto  compartilhado do facebook das Irmãs de São Caetano

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