21 Out, 2024

DOM ANTÔNIO DE SOUSA CELEBRA 95 ANOS DE VIDA!

Amou-os até o fim.

DOM ANTÔNIO DE SOUSA - CSS -  3º BISPO DIOCESANO DE ASSIS

ATUALMENTE BISPO EMÉRITO DE ASSIS. 

HOJE ELEVEMOS NOSSAS PRECES A DEUS PELOS 95 ANOS DE VIDA DE DOM ANTÔNIO DE SOUSA. NOSSA GRATIDÃO POR TODOS OS SEUS ENSINAMENTOS E TRABALHOS EM PROL DA EVANGELIZAÇÃO EM NOSSA DIOCESE DE ASSIS E TANTOS OUTROS LUGARES, ONDE PÔDE DESENVOLVER SEUS TRABALHOS PASTORAIS OU ATRAVÉS DE SEUS PROGRAMAS DIÁRIOS PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. 

PARABÉNS DOM ANTÔNIO!

SAÚDE, PAZ E FELICIDADES!

QUE O SENHOR O CUBRA DE BÊNÇÃOS !

Ofereça suas orações pedindo a Deus pela sua saúde!

 

Dom Antônio de Sousa, CSS, filho do senhor José de Sousa e de Dona Sebastiana de Sousa, nasceu em Bom Jesus dos Perdões/SP.
Aos 25 de fevereiro de 1944 ingressou no Seminário de Rio Claro, na Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo – CSS (Estigmatinos). No ano de 1951, em Ribeirão Preto, consagrou-se a Deus pela Profissão dos Votos Religiosos, e lá mesmo fez o curso completo de Filosofia.
Em seguida, partiu para a Itália e cursou Teologia em Verona, berço de sua Congregação Religiosa, onde também foi ordenado Presbítero em 1º de julho de 1956, por Dom João Urbani, arcebispo de Verona, Itália.
Estudou na Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino, o “Angelicum”, em Roma, e obteve o mestrado em Sagrada Teologia.
Em 1957, de volta ao Brasil, lecionou teologia dogmática no Instituto Teológico “Gaspar Bertoni”, em Ribeirão Preto. Foi também professor de latim e francês e, Reitor do Seminário Estigmatino de Ribeirão Preto e Rio Claro, atuando também como Diretor Espiritual, Vice-Reitor e Mestre de Disciplina dos Estudantes de Filosofia e Teologia em Campinas. Foi ainda membro do governo da Congregação Estigmatina, como Conselheiro Provincial.
Passou o ano de 1967 na cidade de Caetité, na Bahia, onde, com Dom José Pedra Costa, Bispo Diocesano, estudou a possibilidade da fundação de um seminário regional naquela Diocese.
Nos dez anos de atividades em Seminários, achou sempre tempo para se dedicar ao serviço da pastoral, aproveitando parte das noites e fins de semana. Desempenhou ainda os encargos de Vigário, em Bonfim Paulista/SP, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Ribeirão Preto, e também em Santa Gertrudes/SP. Foi assistente de equipes de casais em Campinas e Ribeirão Preto.
Aos 07 de janeiro de 1968 foi para cidade de Barretos, com o encargo de Pároco da Paróquia do Divino Espírito Santo. Em 30 de maio de 1971, recebeu de Dom José Varani, Bispo de Jaboticabal, a nomeação de Vigário Episcopal da região norte da Diocese, com a incumbência explícita de preparar a atual Diocese de Barretos.
Aos 13 de fevereiro de 1974, o Papa Paulo VI o nomeou Bispo Coadjutor de Assis. Foi ordenado Bispo aos 16 de abril de 1974, na recém criada Catedral de Barretos, pelas mãos de Dom Carmine Rocco, Núncio Apostólico no Brasil. Dom Antônio de Sousa é o segundo Bispo Estigmatino brasileiro.
Aos 20 de Julho de 1977, com a renúncia de Dom José Lázaro Neves, tornou-se o 3º Bispo Diocesano de Assis.
Na Diocese, deve-se a ele a criação do Centro Diocesano de Pastoral, centralizando aí todo o movimento pastoral da Diocese; a primeira reforma e ampliação do Bispado de Assis, a construção da Casa do Clero, a criação da Fundação São Francisco de Assis, a formação de líderes cristãos, a elaboração do segundo (1978-1980), terceiro (1984-1990) e quarto (1995-2000) Planos Diocesanos de Pastoral. Marcas profundas foram deixadas na Ação Pastoral de Dom Antônio, no que se refere ao Ministério da Visitação, ação missionária tão caro ao Bispo. Juntamente com Dom José Lázaro Neves foi um dos idealizadores do Hospital Regional de Assis e juntamente com Dom Maurício teve importante participação na instalação da Rádio Educativa Escuta FM 92,1 da Diocese de Assis.
Incansável comunicador, Dom Antônio esteve desde sua chegada, ligado aos meios de comunicação, o que o fez acumular centenas de artigos publicados em jornais da cidade e região de Assis, milhares de gravações para programas radiofônicos e por fim, no ano de 2003 lançou seu livro intitulado “A Caminho”.
Durante seu governo, ordenou 37 presbíteros para o serviço ministerial na Diocese de Assis, além de outros tantos, a pedido de Ordens, Congregações Religiosas e Sociedade de Vida Apostólica.
Com sua renúncia, aos 27 outubro de 2004 tornou-se Bispo Emérito de Assis. No dia 22 de abril de 2024 Dom Antônio celebrou 50 anos de Episcopado! 

Abaixo um belo texto de Dom Antônio, entre tantos escritos de sua autoria, publicados nos jornais locais.

MAIS UM ANO!

            Estou fazendo aniversário; ao mesmo tempo, completo um ano de bispo emérito. É tempo de refletir, avaliar e agradecer.

            Minhas reflexões tem sido, em primeiro lugar e acima de tudo, em direção a Deus. Foi de Deus que recebi o maior de todos os dons que – na afirmação de Santo Agostinho – é a existência. Uma existência com a potencialidade de conhecer e amar; nisto está a maior dignidade do homem. De fato, quem passou por esta vida e não amou, apenas existiu, mas não viveu, no sentido pleno do cristianismo. Somente os homens e os anjos têm capacidade de amar; pois, o amor exige conhecimento e vontade livre.

            Além do precioso e inestimável dom do amor, que Deus dá a todos os homens, concedeu-me uma graça toda especial: o sacerdócio católico.

            Pelo sacerdócio não me separo dos homens, nem tomo posição acima deles, mas assumo a missão de servir a todos, como afirma a Carta aos Hebreus: “Todo sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado representante deles diante de Deus para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados” (Heb. 5,1).

            De fato, vou hoje oferecer o sacrifício da Missa, não só pelos pecados dos outros, mas pelos meus próprios: “E por causa da sua fraqueza, o sacerdote deve oferecer sacrifícios pelos seus pecados, da mesma forma que pelos do povo” (Heb. 5,3).

            Estando Deus na raiz de minha existência, no dia do aniversário surge uma reflexão: “O que estou retribuindo a Deus por tudo aquilo que me tem concedido? Pensei, então, em dar mais tempo para Deus. Mais tempo na oração, mais tempo na adoração.

            Aliás, o tempo não se dá a Deus; pois Ele já é o senhor do tempo e da eternidade. O que se dá a Deus é a gente mesmo, através da profunda intimidade com o Senhor por meio duma oração mais calma e prolongada.

            Eis, pois, uma sublime maneira para se ocupar bem o tempo, quando se aposenta: Dedicar um espaço bem maior do seu dia à reflexão profunda à luz da Bíblia ou da lamparina do Sacrário, onde Cristo, dia e noite, está à nossa disposição.

            Esta aí uma sublime maneira de os aposentados ocuparem melhor o seu tempo: dedicar-se mais a Deus e às obras que agradam ao Senhor, tais como: visitar os doentes e os pobres, tornar-se contribuinte duma Instituição Filantrópica, cuidar dos netos.

            Quantos homens e mulheres – após uma vida de correrias, muitos trabalhos, acompanhados, às vezes, de extravagâncias e buscas de dinheiro e prazeres – procuram o caminho da igreja, quando chega a velhice! É bom voltar! Deus sempre nos espera.

            Sempre rezei em minha vida. Desde criança, conduzido à igreja, pelas mãos de minha mãe, conservei o bom hábito da oração. Depois de padre, rezei diariamente a missa, Liturgia das horas (antigo Breviário), o terço e um tempo de reflexão silenciosa em diálogo com o Senhor. Mas, agora que sou emérito, o tempo de oração tornou-se mais rico, mais espontâneo e ardentemente desejado.

            Desejo que todos os aposentados se dediquem mais a Deus pela oração, reflexão e até contemplação das grandes maravilhas que a graça opera nos corações.

            No que diz respeito aos irmãos, venho dando minha contribuição de amigo e pastor, desenvolvendo trabalhos pastorais. Estando à frente da Pastoral Missionária e Comunicação Social, tenho tido freqüentes contatos com os padres e agentes de pastoral. Venho empregando um bom tempo e dedicação à nossa Rádio Escuta FM, Educativa, com sede em Tarumã. Nosso esforço é para que essa emissora atinja, quanto antes, o seu objetivo: ser um instrumento de evangelização em todo o território da Diocese de Assis.

Mais um ano de vida! Primeiro ano de bispo emérito! Elevando um hino de louvor ao Senhor da vida, expresso minha gratidão a todos que me têm ajudado com sua expressão de amor e carinho, sobretudo através das orações.   A meus irmãos e familiares, amor e gratidão. Aos Bispos, aos sacerdotes – do clero diocesano, quase todos ordenados por mim – às religiosas e seminaristas, meus calorosos agradecimentos. Que o Senhor abençoe todo nosso querido povo!

Assis,21 de outubro de 2005

Dom Antônio de Sousa - Bispo Emérito de Assis

 

DIOCESE DE ASSIS