NOTA DE SOLIDARIEDADE - PASTORAL DA SAÚDE DIOCESANA

Nestes tempos sombrios de pandemia acabamos por nos acostumar com a estatística do número de mortes às centenas de milhares.
A estatística não mostra os rostos, as histórias, os sonhos e as esperanças das pessoas que morreram, as pessoas passam a ser somente um número. Mas neste fim de semana, com a notícia chocante da morte de um pai de família, trabalhador, recém formado em psicologia, catequista e ministro da eucaristia em sua paróquia, não poderia ser assim, ainda mais devido às circunstâncias.
Morrer de covid 19, uma doença grave e desconhecida para a qual ainda não se tem remédio, ainda que muitas dessas mortes poderiam ser evitáveis, é até compreensível. Mas morrer em pleno século XXI de apendicite é no mínimo questionável, pra não dizer revoltante. Foi o que infelizmente aconteceu com nosso querido "Toinho".
Destino como alguém sugeriu? Não, mas fruto de alguma grave falha no sistema de saúde que ceifou uma vida cheia de planos e realizações como tantas outras, principalmente dos mais pobres.
Nada vai trazer sua vida de volta mas que sua partida, como foi sua vida, possa continuar a melhorar o mundo, no caso, a melhorar o sistema de saúde de um país onde eventuais falhas não mais terminem por interromper prematuramente tantas vidas promissoras como a do nosso querido "Toinho".
Pe. Orlando de Almeida Alves
Coordenador Diocesano da Pastoral da Saúde