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Notícia

24 Mai, 2017

Ele subiu aos céus

Após a sua ressurreição, Jesus continuou ainda um tempo entre os discípulos; não só para provar a sua ressurreição, mas também para atestar a sua presença até o fim dos tempos no meio deles. As aparições de Jesus com seu corpo glorioso se encerram com a sua ascensão aos Céus. Do Pai ele veio e para o Pai voltou. Mas se Ele voltou para o céu, quer dizer que ficamos sozinhos? De modo algum. Ele continua vivo na sua comunidade. O ressuscitado continua aparecendo sempre. É Ele que continua nos alimentado com a Eucaristia e continua nos falando com a Sagrada Escritura. O Ressuscitado continua aparecendo em cada gesto de amor.

Este mistério da ascensão do Senhor é grande e nos toca profundamente. Pensar que um humano, com uma carne semelhante a nossa, subiu aos céus e sentou no trono divino é extremamente provocador. Quanta dignidade tem o corpo humano que em seu estado glorioso pode subir aos céus! Aquele que foi louvado na terra pelos apóstolos e pela multidão que testemunhou a sua ressurreição, agora é louvado no Céu, com a glória que lhe é devida. A multidão celeste se submete Àquele que do céu desceu e se fez homem.

Jesus volta para o Pai com a missão cumprida. Ele fez aquilo para o qual foi enviado: reestabelecer o caminho para o céu que o homem havia perdido por conta do pecado. A entrada de Jesus no reino celeste é a inauguração da entrada de toda a humanidade na casa do Pai. Se Ele é a cabeça do corpo que é a Igreja, e a cabeça já está no céu, o corpo também caminha para lá. Mas engana-se quem pensar que Cristo, após cumprir sua missão no mundo, deixou-o de lado. Ele continua exercendo a sua missão de mediador entre Deus e os homens. A ponte entre a humanidade e a divindade. É Ele nosso eterno intercessor.

Esse acontecimento na vida de Cristo, a sua ascensão, faz-nos pensar em muitas coisas: lembra-nos que a nossa morada permanente não é aqui, mas sim o Céu, e nos garante também que Ele nos prepara um lugar e um dia nós levará para estar com Ele. Esse mistério também nos anima a anunciar aos outros homens a felicidade que nos espera.

Alguns dias depois de sua ascensão aos céus acontece o cumprimento da promessa que Jesus havia feito aos seus discípulos: Ele envia sobre eles o Espírito Santo, na festa de Pentecostes. Tempo depois, Maria, mãe de Jesus, foi elevada de corpo e alma aos céus. Aquela que trouxe no seio o próprio Deus não conheceu a corrupção do sepulcro. A ressurreição de Maria é uma participação na ressurreição de seu Filho e é também uma prévia da ressurreição de todos os cristãos.

 

Jesus é Senhor da história. Embora a sua realeza ainda não tenha se manifestado plenamente no mundo, no fim dos tempos Ele se manifestará com poder e glória. A espera por sua segunda vinda é um convite para a vigilância. O Reino de Deus será então consumado. Os justos receberão seu prêmio. E isso não é para nos amedrontar, mas para lembrar que ainda há tempo. É tempo de mudança, é tempo de buscar a verdade, é tempo da feliz espera e da construção dos Céus, que começa a ser vivido aqui.

Texto: Seminarista Anderson Santana Cunha

 

 

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