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Notícia

19 Jan, 2016

Anuncio querigmático e evangelização fundamental

 VAMOS INICIAR A PARTIR DE HOJE, UM ESTUDO DO SUBSÍDIO DOUTRINAL 04, da CNBB, sobre o ANÚNCIO QUERIGMÁTICO.

Procurarei publicar a cada dia uma parte, parágrafos deste subsídio para a nossa FORMAÇÃO NA FÉ, centrada na PESSOA DE JESUS CRISTO.

O texto é da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, assinado pelo Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo.

Peço que procurem ler nesta página e/ou também adquirir este subsídio. Invista na sua FÈ. Saiba dar razão da sua FÈ.

A PUBLICAÇÃO SERÁ DENOMINADA "RAZÃO DA NOSSA FÉ CATÓLICA".

Pe David Jose Martins

 

 

INTRODUÇÃO

1. “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo.

Convertei-vos e crede na Boa Nova” (Mc 1,15). O anúncio do Reino de Deus se faz, a exemplo de Jesus Cristo, por meio de uma pregação contínua e incansável da Palavra de Deus. Por isso, é permanente a necessidade de um anúncio querigmático, explícito e claro, do Senhor Jesus, sua pessoa e sua missão.

2. Hoje, também, estamos em tempos de missão. A tarefa missionária tem urgências e inclui respostas a perguntas importantes e desafiadoras. Quais métodos precisam, então, ser seguidos na proclamação do Evangelho, a fi m de que sua força possa produzir os seus efeitos? Até que ponto e como esta força evangélica está em condições de transformar verdadeiramente o ser humano deste século? Estas perguntas explicitam a necessidade e o interesse pelo “primeiro anúncio”, pelo querigma, qual elemento basilar e determinante da experiência da fé, da vida e da missão da Igreja.

3. Portanto, urge investir no anúncio querigmático “para nos converter numa Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora” (DAp, n. 549), a fi m de que, como os primeiros discípulos, nós cristãos de hoje recomecemos a partir de Cristo, reconhecendo e seguindo sua presença, com a mesma realidade e novidade, com o mesmo poder de afeto, persuasão e esperança (cf. DAp, n. 549).

 

1. O anúncio querigmático hoje

4. Quando se pensa a missão da Igreja neste terceiro milênio, e se percebe que há um grande número de batizados católicos que não foram evangelizados, bem como um grande número de pessoas que ainda não receberam o anúncio de Jesus Cristo, torna-se necessária a descoberta de novos caminhos e de novos métodos para a ação evangelizadora. Neste âmbito, portanto, é preciso ter presente e conhecer a tradição bi-milenar da Igreja com sua diversidade riquíssima e exemplar de como evangelizar.

5. Em nenhum caso e em nenhum método pode faltar a experiência de fé e o testemunho do evangelizador e da comunidade cristã. Sem a palavra e o exemplo de cristãos tocados no mais profundo de suas vidas pelo encontro com Jesus Cristo, os métodos mais detalhados e sofisticados podem significar muito pouco. É uma exigência e uma necessidade que a Palavra do Evangelho se torne palavra encarnada na vida daqueles que abraçaram a fé em Jesus como o Cristo, e o anunciam missionariamente.

6. A atenção à santidade do evangelizador, proposta pelo Papa João Paulo II ao indicar a santidade como prioridade pastoral para o terceiro milênio (cf. NMI, n. 30), conta e é determinante na ação evangelizadora. Somente no horizonte de uma vida pautada pelo seguimento de Cristo e pelo anúncio do seu nome é que o testemunho do cristão pode se tornar crível e despertar outros para o mesmo seguimento. Portanto, a ação evangelizadora da Igreja precisa qualificar-se na escola do discipulado e da missão (Cf. DAp, n. 170).

7. Diante da indiferença e do ceticismo hodiernos, são urgentes a proclamação do querigma e a força interpelante de um claro testemunho que desperte a esperança e ofereça uma certeza sobre o valor positivo da vida e do seu destino.

8. Jesus é o exemplo completo, o modelo fundamental. Seu Evangelho é anunciado por obras e palavras (cf. Lc 7,22). Ele percorre aldeias e cidades ensinando, curando, expulsando demônios e fazendo o bem (cf. Mt 4,23; 9,35; At 10,38). Sua fama atrai as pessoas até Ele. Jesus encontrasse diretamente com elas, e estas se sentem interpeladas e amadas. De modo semelhante, os apóstolos Pedro e Paulo, e as comunidades cristãs que se espalharam pelo mundo então conhecido, procedem desta maneira. Tocados pelo ardor da experiência de Cristo, anunciam-no destemidamente a todos. Tornam-se permanentes proclamadores do querigma, mestres e testemunhas de uma paixão que inundava toda a vida contagiando seus interlocutores e destinatários do anúncio. Por isso, tornam-se educadores e formadores de outros discípulos missionários.

9. A linguagem do querigma, portanto, há de expressar a novidade de um encontro que transforma e dá sentido à existência dos discípulos missionários. Assim, o evangelizador está permanentemente diante do desafio e da exigência de encontrar uma linguagem que, no estilo dos primeiros discípulos, interpele o ouvinte em seu coração, o entusiasme e o atraia a uma adesão firme e apaixonada a Jesus Cristo.

"RAZÃO DA NOSSA FÉ CATÓLICA"

2. A evangelização querigmática

10. O exemplo dos Apóstolos, sobretudo de Pedro e Paulo, mostra que o anúncio querigmático é a primeira proclamação da Boa-Nova. O anúncio dever ser feito na força do Espírito Santo e baseado no testemunho pessoal. Não se trata, pois, de um anúncio decorado e recitado mecanicamente, mas de um anúncio encarnado na própria vida. Consiste na proclamação de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, como único salvador. De fato, todos aqueles que se salvam, tenham consciência desse fato ou não, salvam se pela mediação de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

11. A morte redentora de Cristo e sua ressurreição são componentes fundamentais do anúncio querigmático. Sem o anúncio da morte redentora não é possível compreender o “alto preço” da graça salvífica que provém do Filho de Deus, como nos recorda o apóstolo Pedro: “Tende consciência de que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha” (1Pd 1,18-19). Do mesmo modo, sem o anúncio da ressurreição de Cristo não é possível compreender o ardor missionário que incendiou a proclamação dos primeiros apóstolos, como se pode notar no discurso de Pedro em At 2,14-36.

12. A resposta ao anúncio querigmático é existencial, pois envolve toda a pessoa. Trata-se de uma verdadeira conversão por meio da qual ocorre o arrependimento dos próprios pecados e a adesão a Jesus Cristo, com a entrega da própria vida a Ele. Trata-se de um encontro pessoal. O início do ser cristão, afirmou Bento XVI, não consiste “em uma grande decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo definitivo” (cf. DCE, n. 1).

13. A vida em Cristo se realiza na comunidade de seus discípulos, que é a Igreja, na qual se ingressa pelo Batismo. A Igreja não é apenas uma instituição que considera Jesus de Nazaré seu fundador, mantém viva a lembrança dele e conserva sua mensagem. Ela é uma comunidade de graça e de salvação. É o “Corpo de Cristo” (cf. 1Cor 12,27). Ela possui um centro vital e celebra sua presença: “pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu Nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Nela está presente o Senhor glorificado, exercendo seu senhorio e seu poder salvífico. A Igreja é uma realidade muito rica, pois une o visível e o invisível, o humano e o divino, o institucional e a graça. “A Igreja não é uma corporação como o Estado, mas é um corpo. Não é simplesmente uma organização, mas um verdadeiro organismo” (Bento XVI, Audiência Geral de 10 de dezembro de 2008).

14. Além de ser um anúncio encarnado na vida, o querigma é um anúncio contextualizado. O contexto em que os primeiros missionários – os Apóstolos – realizaram o anúncio compreende a perseguição religiosa, a magia, a idolatria, a devassidão moral, o muro erguido entre os povos.

15. O contexto da realidade atual é marcado pela globalização, possibilitada pelo desenvolvimento da tecnologia e pela difusão e rapidez da comunicação. No mundo globalizado, a felicidade, além de ser entendida como bem particular, é colocada na busca de bens materiais. Torna-se sinônimo de consumo.

16. Outro elemento é a sociedade urbana que, na realidade, é uma nova civilização: novo modo de relação das pessoas entre si, com as coisas e com Deus. O homem urbano possui necessidades religiosas específicas: aspiração ao espiritual, ainda que vaga, necessidade de encontrar na religião força para enfrentar as dificuldades do cotidiano. Às vezes, o homem urbano procura, na religião, não a verdade, mas a utilidade: a libertação de todos os seus males.

 

3. O que é o querigma?

17. O querigma é a proclamação de um evento histórico-salvífico e, ao mesmo tempo, um anúncio de vida. Enquanto proclamação de um evento histórico, o querigma é o anúncio de que Jesus de Nazaré é o Filho de Deus que se fez homem, morreu e ressuscitou para a salvação de todos. Enquanto anúncio de vida, o querigma ultrapassa os limites de tempo e de espaço, abraça toda a história e oferece aos homens uma esperança viva de salvação. Cristo está vivo e comunica a sua vida realizando as promessas feitas por Deus Pai a seu povo, por meio dos profetas, no Antigo Testamento (Cf. Rm 16,25-27; Mt 12,41; Lc 11,32).

18. O querigma é o anúncio do nome, do ensinamento, da vida, das promessas, do Reino e do mistério pascal de Jesus de Nazaré, Filho de Deus (cf. EN, n. 22), que acompanha todo o processo da evangelização. As demandas e desafios deste anúncio é que reacende na Igreja, em cada etapa de sua história, a urgência da tarefa missionária. Isto é, o desafio de ser uma Igreja em estado permanente de missão.

19. O querigma é anúncio e proclamação para suscitar a fé nos ouvintes e manter acesa sua chama, de modo que acolhendo Jesus como Filho de Deus, Senhor e salvador participem da sua própria vida, da vitória sobre a morte, e alcancem, assim, a vida eterna (cf. Jo 20,31).

20. O querigma é um anúncio pelo qual se atualiza a irrupção do Espírito de Deus que transforma a face da terra e converte os corações. Para os judeus e para os gregos do início do cristianismo, como para muitas pessoas do nosso tempo, esta mensagem pode parecer loucura ou escândalo (cf. 1Cor 1,2-10), porque baseada não na arte retórica dos homens, nem na sabedoria deste mundo, mas somente no poder do Espírito Santo (At 2,4). Com efeito, o anúncio e a experiência da fé se baseiam “no poder de Deus e não na sabedoria humana” (1Cor 2, 5). Por meio do querigma, pois, um fato novo acontece na história: a salvação é oferecida.

21. O querigma é o anúncio da chegada do Reino de Deus na pessoa de Jesus, realizando o ideal da justiça ardentemente desejado pela humanidade. A soberania de Deus, cheia de misericórdia, se manifesta em Jesus Cristo (cf. 1Cor 1,13; 2Cor 3,9; 5,21; Ef 4,24; Fil 1,11) e se traduz no amor aos pecadores, aos pobres e àqueles que se reconhecem necessitados.

3.1. A proclamação do querigma

22. A Palavra tem uma força própria e um dinamismo transformante porque é Boa Nova proposta à liberdade da pessoa, convidando-a a uma resposta; o querigma interpela e realiza um diálogo. Por meio do querigma, o próprio Senhor entra em diálogo vital com a liberdade das pessoas.

23. Acolher o querigma significa abrir-se ao mistério de Cristo, que vem ao encontro da pessoa como Senhor e Salvador, reconhecendo somente a sua soberania. A adesão ao querigma introduz o discípulo no Reino de Deus.

24. A proclamação do querigma faz parte do ato de comunicar a Boa Nova de Jesus Cristo. O Diretório Geral para a Catequese, da Congregação para o Clero, identifica três formas deste ato de comunicação: o primeiro anúncio, que desperta a fé (querigma); o conhecimento sistemático e a adesão progressiva a Jesus (catequese e ensino); a dimensão litúrgica da proclamação da Palavra, que implica em um juízo sobre as dificuldades da vida (perseguições) e nas circunstâncias quotidianas (homilia). Assim, o querigma comporta o primeiro anúncio, que desperta a fé inicial em Jesus Cristo como o Senhor.

3.2. O conteúdo do querigma

25. Além de ser um ato de comunicação, o querigma oferece um conteúdo que é proclamado: Cristo crucificado e ressuscitado, força e sabedoria de Deus (1Cor 1,23-24), que transforma e salva a vida. Pedro, nos Atos dos Apóstolos, é o primeiro que, por ocasião da festa judaica de Pentecostes (cf. At 2,14-41), proclama a Boa Nova, quando anuncia aos judeus e a todos os habitantes de Jerusalém que Jesus é o Senhor e Cristo.

26. O querigma tem um caráter imperioso e expansivo que não é possível sem uma profunda e contagiante experiência de Deus. As aparições do Senhor Ressuscitado, documentadas por uma antiquíssima tradição (1Cor 15,3-7), produziram um impacto irrefreável devido à experiência do encontro com o Mestre, que volta gloriosamente à vida depois de ter sido crucificado e morto. O querigma é inseparável desta experiência de vida, pois anuncia Cristo presente que nos faz participar de sua vitória sobre a morte. Aos Doze, Jesus confia o mandato: ide e anunciai (cf. Mc 16,15) e, por meio deles, a todos os demais seguidores, de modo que essa mensagem chegue a todos, em todos os tempos. A experiência pascal suscita o envio de pessoas que reconhecem no Senhor ressuscitado a resposta plena às suas necessidades e ao desejo infinito de vida de seus corações.

27. O conteúdo do querigma não é um simples discurso ou uma exortação moral; é a proclamação de um acontecimento de vida e de salvação que se dá agora, no presente dos ouvintes. Este conteúdo proclama uma pessoa, Jesus Cristo, esta proclamação provoca e abre caminhos para uma experiência de encontro pessoal e apaixonado por Ele. Este conteúdo não é a simples explicitação de conceitos. É, antes de tudo, uma experiência que toca a liberdade, reorienta as escolhas e dá sentido verdadeiro à vida.

3.3. O querigma como acontecimento de salvação

28. O querigma alcança a pessoa como acontecimento de salvação, ilumina-a e transforma a sua vida e o ambiente no qual ela vive. O anúncio é uma proposta de libertação atual e real (Rm 6, 4) que se comunica por meio daquele que proclama o nome de Jesus, fonte do perdão dos pecados para todas as pessoas e povos (Mt 12,21). O anúncio proclama um acontecimento: o Reino como uma realidade já presente (Mt 11,4-6; 12,28; 13,10-11; Mc 1,5; Lc 17,20- 21). Pelo nome de Jesus se faz atual a obra de salvação comunicando a sua vitória de Senhor ressuscitado e fonte do Espírito Santo (At 2,32-33; Ef 1,13-14). O querigma é a comunicação da presença de Cristo, em vista da salvação de todos.

29. A consciência missionária da primeira comunidade cristã era vivíssima e a necessidade do anúncio era um fato urgente e indispensável como fonte de salvação. Jesus de Nazaré recebeu um nome que está acima de todo nome, foi constituído “Senhor” de tudo o que existe nos céus e sobre a terra (At 2,36; Fl 2,11). Acolher o nome de Jesus é participar de sua vida e de sua vitória.

30. A Igreja vive da fé pascal, originada pelas aparições do Ressuscitado aos discípulos (cf. Lc 24,25-35; Jo 20,26-28) e animada pelo Espírito Santo. O “novo povo de Deus”, a Igreja, vive desta fé que é a razão de sua esperança. Sua missão é servir ao anúncio de Jesus Cristo que ressuscitado comunica esta vitória a toda a criação (cf. Mt 28,16-20). Os discípulos não inventaram a ressurreição, mas a reconheceram como dom supremo do Pai que, em Jesus ressuscitado, faz novas todas as coisas (Ap 21,5).

3.4. Proclamação e acolhida do querigma

31. A forma própria do anúncio do querigma é a proclamação feita àqueles que não têm fé, ou aos que se afastaram dela e não a considera uma experiência que interesse efetivamente à própria vida. A proclamação do querigma tem ainda todo um espaço específico na vida da Igreja, ainda que não possa ser separada do ensino (catequese) e da pregação, particularmente aquela feita na homilia.

32. A acolhida do querigma produz a salvação e a mudança das pessoas; foi o que aconteceu com os Apóstolos, com Zaqueu, com Madalena e com muitos outros. Acolhendo o nome, isto é, a pessoa e o poder de Cristo, a vida muda e, progressivamente, quem O acolheu torna-se verdadeiramente cristão.

33. O poder do Espírito produz mudança na pessoa e a faz proclamar o querigma até os confins da terra. Juntam- se assim os elementos essenciais do querigma: a proclamação do anúncio como convite à conversão; o conteúdo do próprio querigma, que é o núcleo da revelação; e o testemunho do apóstolo que se deixa tocar pela ação de Deus e que comunica aos outros o poder que transforma sua vida.

34. O querigma é um anúncio envolvente e provocador. Pede uma resposta na qual se decide o rumo da vida do ouvinte. O querigma questiona a autossuficiência do homem e, no momento em que este se decide a seguir o caminho de Cristo, lhe é oferecida a possibilidade de uma vida plena. Este anúncio é a pregação a respeito da cruz que é loucura para aqueles que se perdem, mas, para nós, que estamos no caminho da salvação é força de Deus (cf. 1Cor 1,18). De um lado se relativiza o poder deste mundo, de outro é dada uma resposta ao desejo de realização da pessoa; agora de forma verdadeira ainda que inicial e, no futuro, de forma plena, quando Deus for “tudo em todos” (cf. 1Cor 15,28; Cl 3,11).

35. A consequência prática da acolhida do querigma se traduz no seguimento daquele que disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). A fé na ressurreição é o ponto culminante da fé em Deus criador, autor e supremo doador da vida. Crer na ressurreição não é acréscimo à fé em Deus Pai criador, mas é consequência desta fé. A partir da fé na ressurreição de Jesus Cristo, o cristão crê firmemente, que é a vida, não a morte, que tem e terá a última palavra. É a fé na vitória da vida, vitória já conquistada por Cristo e, também, a certeza de que a morte já foi derrotada, não tem futuro. Esta é a perspectiva que sempre anima os mártires e seduz o coração dos místicos e profetas. Os que acreditam na força da ressurreição seguem os passos de Jesus, profetizando o Reino de Deus, Reino de amor na dimensão do serviço a Deus e ao próximo, à causa da justiça e da paz. Reino que se inicia aqui e consuma-se na eternidade. Os cidadãos do Reino são os que acolhem a pregação da cruz e da ressurreição e seguem, fascinados, o Senhor Jesus, vivendo a vida nova da caridade.

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