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26 Out, 2015

Sínodo dos bispos sobre a família - boletim do dia 23/10/2015

Boletim do dia 23/10/2015

Exmo. Dom Gil,

Agradeço vossa atenção e estímulo e isso apesar das minhas deficiências e limitações.  O Relatório Final do Sínodo promete ser equilibrado e é interessante observar o quanto se depende de um juízo final do Papa.  Nestes momentos, a missão do Papa, enquanto guardião da unidade da fé, revela-se importante, porque sem o Papa a unidade seria quebrada diante de certas divergências insolúveis e isso apesar de grandes consensos presentes no Sínodo. Os próprios Padres sinodais revelaram diversas vezes que precisam de um parecer magisterial.   Para certos questionamentos que foram feitos, como por exemplo sobre a relação da consciência com a lei moral, já existem respostas suficientes do Magistério, mas que, todavia, talvez não seja de pleno conhecimento de todos.  Pode-se perceber que mesmo entre os cardeais, existem aqueles menos atentos aos documentos vigentes da Igreja e então fica a impressão de que estão contestando certas coisas.  Não necessariamente, porque alguns não conhecem a fundo certas explicações teológicas e mais profundas já apresentadas pela Santa Sé.

Segundo a Rádio Vaticana, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, presidiu, na tarde desta sexta-feira (23/10), no Vaticano, à penúltima coletiva de imprensa sobre os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a Família, que se concluirão, amanhã, com um Relatório final.

Seguindo o esquema das coletivas precedentes, Padre Lombardi fez um resumo dos trabalhos da tarde desta quinta-feira (22/10), que foram iniciados com uma intervenção do Papa, que anunciou sua decisão de instituir um novo Organismo vaticano, que terá competência sobre “os Leigos, a Família e a Vida”, que substituirá os Pontifícios Conselhos para os Leigos e para a Família, que será anexada à Pontifícia Academia para a Vida.

Ontem foi completado o elenco dos membros do Conselho da Secretaria do Sínodo, que será confirmado depois, quando o Papa nomear os outros membros dos diversos Continentes.

Por sua vez, o Relator Geral do Sínodo, cardeal Peter Erdö, apresentou o esboço do Relatório Final, que será votado amanhã, na conclusão do Sínodo. Trata-se de uma introdução de caráter geral, sob o espírito sinodal, sem entrar nos conteúdos, mas fez apenas uma síntese do documento.

A seguir, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, explicou a metodologia de como se chegou à elaboração do documento, ou seja, ilustrou o modo de como se chegou à versão das três partes do Relatório Final.  Enfim, na tarde de ontem à tarde, foi apresentada e lida aos Padres Sinodais o esboço de uma Declaração sobre as Famílias, ou seja, sobre a situação das famílias no Oriente Médio, que será publicada amanhã, ao término dos trabalhos Sinodais.

Depois, Padre Lombardi passou a comentar os trabalhos da Congregação Geral desta manhã, dedicados às reações e intervenções livres dos Padres Sinodais em vista do Relatório Final. Tais observações são consideradas “propostas” de emendas ou de melhoras do texto.

Tais propostas escritas foram entregues à Secretaria do Sínodo para serem avaliadas e eventualmente integradas no texto final, que será apresentado amanhã, em forma definitiva, e votado na parte da tarde.

No entanto, na manhã desta sexta-feira, foram feitas 51 intervenções breves e variadas, de cerca de três minutos, concernentes ao texto provisório do documento. De modo geral, a assembleia expressou sua satisfação, mas também gratidão e admiração pela redação do trabalho, bastante crível.

As diversas intervenções da manhã de hoje, - acrescentou Padre Lombardi, - abrangeram diversos aspectos: referências bíblicas, questão dos imigrantes, formação dos agentes de pastoral, acompanhamento da espiritualidade familiar, sofrimentos do núcleo familiar, entre outros.

Algumas intervenções se concentraram em temas bastante complexos, como a relação entre a consciência e a lei moral.

 Padre Lombardi encerrou a coletiva de imprensa passando a palavra aos ilustres hóspedes do Sínodo, que falaram das suas experiências sobre estes dias de trabalhos sinodais: o cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, representante do Continente africano; o cardeal Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de Québec, Canadá; Dom Lucas Van Looy, salesiano, bispo de Gent, Bélgica. (MT)

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